25 C
Lauro de Freitas
terça-feira, agosto 19, 2025

Buy now

Amostra rara de ouro cristalino de quase 2 kg é disputada em leilão

Um leilão nos EUA está oferecendo uma das formas mais raras de ouro existentes no mundo: o ouro cristalino. Diferentemente das pepitas comuns, esse tipo preserva a estrutura original, formada em condições extremamente específicas nas profundezas da Terreno. 

Representando unicamente 1% do ouro de todo o planeta, o ouro cristalino se forma em rachaduras profundas da crosta terrestre, quando temperatura, pressão e química se combinam de maneira exata. O resultado são cristais que podem assumir formas cúbicas, octaedros ou estruturas ramificadas, semelhantes a galhos de árvore.

Na maioria dos casos, o ouro sofre desgaste ao longo do tempo, sendo moldado pela erosão até se tornar pepitas arredondadas. As peças cristalinas, no entanto, são as que escaparam desse processo, preservando sua forma original. Essa raridade as torna ainda mais valiosas, muitas vezes sendo vendidas por valores superiores ao do próprio peso em ouro.

Ouro cristalino de quase 2 kg em leilão pela Heritage tem murado de 14 cm. Crédito: Heritage Auctions/HA.com

Pepita em leilão foi encontrada na Austrália

O réplica posto em leilão pela Heritage reforça essa exclusividade. Com lance mínimo de US$150 milénio (murado de R$815 milénio), a pepita pesa 1,7 kg e mede mais de 14 centímetros. Segundo a descrição no site da moradia de leilão, a peça, que foi encontrada na Austrália Ocidental, possui dobras metálicas que lembram folhas sobrepostas, dando um paisagem artístico originário.

A história do ouro cristalino também guarda recordes impressionantes. O maior réplica espargido é a chamada Joia da Diadema de Ironstone, invenção em 1992 pela Sonora Mining Company. Com 16,4 kg, a peça estava incrustada em quartzo e precisou de ácido para ser revelada uma vez que uma enorme volume única de ouro cristalino.

Embora vasqueiro na natureza, esse tipo de formação também pode ser produzido artificialmente. Cientistas já criaram ouro cristalino em laboratório, utilizando técnicas que envolvem reações nucleares, aceleradores de partículas e até simulações das condições extremas presentes em explosões de supernovas.

Assim, enquanto o leilão movimenta colecionadores e investidores, o ouro cristalino segue despertando fascínio por unir ciência, arte e exclusividade – não unicamente uma vez que um metal valedouro, mas uma vez que um registro originário de um processo geológico que levou milhões de anos para se formar.

A Joia da Diadema de Ironstone, de 20 kg, o maior espécime de ouro cristalino do mundo. Em exposição ao público na Ironstone Vineyards, em Murphys, Califórnia, EUA. Crédito: MikeVdP/Creative Commons License

Leia mais:

Ouro resiste ao calor extremo e desafia limites da física

Uma pesquisa publicada na revista Nature revela que o ouro pode resistir a temperaturas muito mais altas do que se imaginava. Segundo o estudo, o metal continua sólido mesmo depois ser superaquecido além do limite teórico espargido.

A equipe responsável pelo experimento usou pulsos de laser supercurtos para aquecer pequenas amostras em altíssima velocidade. O objetivo era levar o material até a chamada “catástrofe de entropia”, um ponto teórico em que a estrutura sólida não aguentaria mais e se transformaria em líquido. Saiba mais cá.

Manancial: Olhar Do dedo

Related Articles

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Stay Connected

0FansLike
0FollowersFollow
0SubscribersSubscribe
- Advertisement -

Latest Articles