Vizinhos de Zuckerberg não estão contentes com CEO da Meta

A rotina de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, estaria incomodando vizinhos em Crescent Park, um bairro na cidade de Palo Superior, na Califórnia (EUA). O empresário é proprietário de pelo menos 11 residências na região, segundo uma reportagem do jornal The New York Times.

Nos últimos 14 anos, Zuckerberg gastou mais de US$ 110 milhões (R$ 594 milhões) para comprar as casas. Ele teria oferecido o duplo ou até mesmo o triplo do valor original para os proprietários, exigindo consonância de confidencialidade, diz a publicação. Sua riqueza é avaliada em US$ 272 bilhões (R$ 1,4 trilhão), de consonância com ranking da revista Forbes.

Segmento dos imóveis foi demolida para levantar um condomínio privado — incluindo uma escola frequentada pelas filhas do executivo e outras crianças. Isso mesmo com o código municipal proibindo o uso de uma residência do bairro uma vez que unidade escolar.

Segundo o jornal estadunidense, Crescent Park é frequentado por médicos, advogados, executivos e professores da tradicional Universidade de Stanford, e as mudanças promovidas pelo CEO da Meta não agradam a vizinhança.

Zuckerberg dando um jeitinho

• O parecer municipal de Palo Superior já emitiu mais de 56 licenças para Zuckerberg, o que levantou suspicácia dos moradores;
• “Ele tem encontrado brechas em nossas leis locais e decretos de zoneamento”, disse ao NYT Greer Stone, que faz segmento do parecer;
• Mais recentemente, a polícia instalou placas em vias públicas do bairro proibindo o estacionamento por um período de cinco horas em uma quarta-feira à noite. O motivo seria um churrasco organizado pelo empresário no quintal de uma das casas, segundo o jornal;
• O condomínio da família está rodeado por uma subida fileira de árvores entre as vias Edgewood Drive e Hamilton Avenue. Cinco das casas são conectadas entre si, sendo que uma delas dá aproximação à escola, onde cinco professores trabalharam no último ano letivo.

Os vizinhos também são comunicados de festas e eventos “potencialmente perturbadores” e recebem um número de telefone para relatar problemas, segundo a publicação. Em alguns casos, as ruas ficam bloqueadas por dias.

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Multíplice subterrâneo

Os imóveis ganharam extensões subterrâneas, com um multíplice de 650 m² descrito uma vez que “porões” nas licenças de construção emitidas pelo parecer. As obras levaram oito anos, período em que os vizinhos tiveram de mourejar com fragor, pneus furados por entulhos, retrovisores arrancados e garagens bloqueadas pelas máquinas.

A dimensão do empreendimento exigiu a instalação de um extenso sistema de vigilância, com câmeras que captam até mesmo a propriedade de vizinhos. Seguranças particulares circulam pelo bairro questionando pedestres e visitantes, de consonância com a reportagem.

Além do condomínio em Palo Superior, Zuckerberg é proprietário de uma mansão de 1.400 m² recém-adquirida por US$ 23 milhões (R$ 124,2 milhões) em Washington, D.C., além de um terreno de 930 hectares na ilhéu havaiana de Kauai e de um multíplice ainda em construção às margens do Lago Tahoe.