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terça-feira, agosto 26, 2025

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Especialistas alertam para a falta de informação sobre a leishmaniose

A leishmaniose doença zoonótica, que afeta seres humanos e animais, é o tema médio do 1º Fórum Transacional de Zoonoses – Recta ao Tratamento, que ocorre nesta quarta-feira (20), no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB/RJ), no Núcleo do Rio de Janeiro. O encontro organizado pela entidade em parceria com a Associação Brasileira de Saúde e Motivo Bicho (ABRAESCA) e pedestal do CRMV-RJ faz segmento da campanha Agosto Verdejante, mês vernáculo de conscientização sobre essa grave zoonose e seu impacto na saúde pública e no bem-estar bicho.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS Rio) indicam que em 2024 foram registrados 386 casos em cães na capital. Até março de 2025, eram 80 anotações. Em 2023 e 2024, conforme informações do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro (Ivisa-RJ), os bairros que tiveram mais números de casos foram Benfica, Talento Novo, Talento de Dentro, Piedade, Cascadura e Quintino, todos na zona setentrião da capital.

De convenção com a Associação Brasileira de Saúde e Motivo Bicho (ABRAESCA), houve 52 casos confirmados em humanos no período 2012 e 2025, entre eles, 21 autóctones, que são os casos com transmissão ocorrida dentro do próprio município, principalmente, na zona setentrião.

Baixa notificação

A presidente da ABRAESCA, Tifanny Barbara Cotta Pinho Pires, alertou que há subnotificação de casos, em segmento, por motivo do pavor de tutores revelarem a doença em seus animais e eles serem levados a eutanásia.

“É uma zoonose que acomete mamíferos. Tem um ignorância muito grande em relação à doença e uma falta de notificação nos animais. A gente vê que cada vez mais tem um incremento da doença em animais e não são só em cães e gatos, tem todo um ciclo silvestre já envolvido com preguiça, gambá, que também agem porquê reservatórios, não é só o cão nessa transmissão que acontece pelo mosquito”, disse em entrevista à Sucursal Brasil.

Para a médica veterinária, falta um alerta sobre a leishmaniose uma vez que muitas pessoas acham que a doença não existe de roupa, enquanto os registros aumentam.

“Porquê tem um pavor muito grande em cima da doença normalmente o tutor não conversa com outras pessoas se o seu bicho tem a doença e se está tratando. Na maioria das vezes, com uma falta de informação muito grande sobre a doença, esses animais acabam também indo para a eutanásia, mas hoje já existem coleiras com ação repelente que protege do mosquito”, chamou atenção, acrescentando que a coleira pode ser usada preventivamente ou durante o tratamento do bicho.

Segundo a médica, o bicho tratado para de transmitir a leishmaniose.

“Tem bicho que ia para a eutanásia e conversando com o tutor está há anos com trouxa parasitária zero. No início ele precisa de medicamento um pouco mais dispendioso, mas são só 28 dias, mas depois é um tratamento viável”, contou, destacando que no município de Florianópolis, em Santa Catarina, o tratamento é gratuito.

O fórum recebe representantes da Sucursal Vernáculo de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ivisa-RJ, das secretarias de saúde, do Ministério Público, médicos veterinários e pesquisadores, que vão debater os “caminhos mais eficazes, inclusivos e éticos no enfrentamento à doença, com ênfase no recta ao tratamento e à vida dos animais acometidos”. Protocolos terapêuticos atualizados, estratégias de prevenção e os principais desafios no diagnóstico e tratamento da doença também estão incluídos nos debates com especialistas de todo o Brasil.

Infecção

De convenção com os organizadores, alguns fatores contribuem para a infecção pela doença, porquê “a presença do vetor Lutzomyia longipalpis, a urbanização do ciclo de transmissão, as novas evidências de transmissão vertical sexual entre animais de vida livre, a privação de dados oficiais sobre a população de cães e gatos de vida livre e os impactos das mudanças climáticas”. Essas situações estão entre outros fatores associados a áreas de vulnerabilidade socioeconômica ambiental, que tornam o cenário ainda mais preocupante.

Para a presidente da ABRAESCA, Tifanny Barbara Cotta Pinho Pires, o encontro é uma mobilização histórica pela valorização da ciência, da empatia e da saúde única, que considera o ser humano, os animais e o meio envolvente porquê partes interdependentes.

“Não adianta a gente só cuidar da gente, Tem cuidar do meio envolvente, dos animais e de todas as zoonoses”, explicou, defendendo a geração de políticas públicas para o combate, divulgação e tratamento da doença.

Quem quiser mais informações sobre a programação completa e porquê fazer a matrícula gratuita, pode acessar o link simposio.abraesca.com.br.

ABRAESCA

Conforme a Associação Brasileira de Saúde e Motivo Bicho, a entidade é uma organização da sociedade social, sem fins lucrativos, “que atua nacionalmente promovendo ações voltadas à saúde única, ao bem-estar bicho, à inclusão social e ao controle de zoonoses, por meio de projetos, parcerias e pronunciação política, buscando soluções sustentáveis e de impacto coletivo que conectem sociedade, poder público e setor privado em prol da vida e da saúde coletiva”.

SMS

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS Rio) informou à Sucursal Brasil que “mantém o monitoramento da situação epidemiológica da cidade do Rio de Janeiro e investe permanentemente na qualificação da rede de atenção à saúde para a notificação oportuna e atenção qualificada das doenças e agravos de notificação compulsória”.

Conforme a SMS, a leishmaniose visceral tem apresentando alterações importantes no seu padrão de transmissão. “Mais recentemente, casos da doença estão sendo identificados em áreas urbanas de médio e grande porte”, acrescentou.

De convenção com a secretaria, a principal manadeira de infecção é o cão, por isso o diagnóstico precoce da doença no bicho é uma medida precípuo. A pasta esclareceu que em cães, os principais sintomas da doença são emagrecimento, aumento do abdômen e linfonodos (íngua), queda de pelos e incremento exagerado das unhas. Já em humanos, o quadro médico se caracteriza por febre de longa duração, perda de peso, fraqueza, fraqueza, hepatoesplenomegalia e anemia, sendo as crianças e idosos os mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença.

“O tratamento é realizado na suspeita da doença com medicamentos fornecidos pelo Ministério da Saúde. Na presença dos sinais e sintomas descritos, buscar atendimento na unidade de saúde mais próxima da residência”, recomendou.

Nascente: Sucursal Brasil

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