Há séculos, cientistas e teólogos tentam provar se o Sudário de Turim realmente foi disposto sobre o corpo de Cristo ou se é simplesmente uma mito. Mais recentemente, um estudo ofereceu uma poderoso evidência sobre a verdade do sudário e um item brasílio sobre o tema lidera ranking mundial de influência em arqueologia.
O objecto é repetidamente discutido, gerando provas e mais provas sobre a possibilidade dele não ser verídico. Agora, um documento medieval recém-descoberto acrescenta a mais poderoso evidência de que o sudário não envolveu o corpo de Cristo, portanto, é falso.
Documento do século 14 era incógnito até agora
O Santo Sudário, porquê também é sabido, é uma peça de linho que mostra a imagem de um varão nu, de frente e de costas. Por sua semelhança com a face de Jesus, fieis o consideram sagrado há séculos. Por isso, é considerado um dos artefatos religiosos mais valiosos pela Igreja Católica, sendo venerado por milhares de pessoas todos os anos, mesmo que ele não esteja exposto, já que a Catedral de São João Batista, onde ele está guardado, só o exibe em ocasiões especiais.
Mas nem mesmo o Vaticano atesta que ele realmente envolveu Cristo, tanto que o questionamento sobre sua autenticidade foi feito pela primeira vez em 1354 pela própria igreja. Aliás, estudos adicionais, realizados com o passar dos anos, também juntaram evidências de que ele não seja verídico.
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Para amplificar mais um fator de suspeição, um documento do século 14 se destaca porquê “a evidência escrita mais antiga conhecida até hoje”, explica a EuroNews. O documento traz informações escritas por Nicole Oresme (1325-1382), teólogo gaulês muito respeitado em sua era, que “descreveu o tecido porquê uma falsificação ‘clara’ e ‘patente’, resultado de enganos cometidos por ‘clérigos’ em meados do século 12”.
Não preciso crer em ninguém que diga ‘alguém realizou tal milagre pra mim’, porque muitos clérigos enganam os outros dessa forma, a término de obter ofertas para suas igrejas.
Nicole Oresme, teológo, em trecho do documento encontrado.
O documento ainda afirma: “Nascente é claramente o caso de uma igreja em Champagne [região francesa onde o sudário foi descoberto], onde se dizia que ali estava o sudário do Senhor Jesus Cristo, e do número quase infinito de pessoas que forjaram tais coisas, entre outras”.
Tentativa de explicar racionalmente o Santo Sudário
Para o Dr. Nicolas Sarzeaud, historiador da Universidade Católica de Luvain, na Bélgica, e principal responsável do estudo publicado no Journal of Medieval History, “o que destaca a escrita de Oresme é sua tentativa de fornecer explicações racionais para fenômenos inexplicáveis, em vez de interpretá-los porquê divinos ou demoníacos.
Sarzeaud considera o Santo Sudário uma relíquia controversa, que “tem sido meta de uma polêmica entre apoiadores e detratores de seu instruído há séculos”. Mas pontua que “o que foi desvelado é uma repudiação significativa do Sudário.
Nascente caso nos oferece um relato incomumente detalhado de fraude clerical.
Dr. Nicolas Sarzeaud, historiador da Universidade Católica de Luvain, em trecho do estudo, divulgado pelo EuroNews.
No dia 28 de julho, o estudo intitulado “Formação de imagens no Santo Sudário – Uma abordagem do dedo 3D”, de autoria do pesquisador e designer 3D brasílio Cícero Moraes, foi publicado na revista Archaeometry. Um mês depois, o material se tornou o item mais influente de todos os tempos do periódico científico.
Archaeometry é uma revista científica internacional que abrange a emprego das ciências físicas e biológicas à arqueologia, antropologia e história da arte. Os tópicos abordados incluem métodos de datação, estudos de artefatos, métodos matemáticos, técnicas de sensoriamento remoto, ciência da conservação, reconstrução ambiental, estudo do varão e seu envolvente, antropologia biológica e teoria arqueológica.
Conforme noticiado pelo Olhar Do dedo, o estudo compara duas simulações digitais de formação de imagem no tecido: uma a partir do contato direto com um corpo humano e outra com um baixo-relevo. O resultado mostrou que a imagem do corpo gerava distorções, enquanto o baixo-relevo produzia uma representação semelhante à do Sudário de Turim. Isso sugere que a origem da peça está mais ligada a práticas artísticas medievais, mormente à chamada “arte tumular” documentada a partir do século XII.
“Estudei a peça e vi que tinha alguns problemas no contexto anatômico e vi que tinha uma impossibilidade da manancial ser um corpo humano”, disse Cícero Moraes, líder do estudo, ao Olhar Do dedo News.
O item, no entanto, não define o Sudário porquê falsificação ou prova de contato com o corpo de Cristo. Ele propõe uma leitura escolha: a de que se trata de uma sofisticada obra de arte cristã. “Consegui mostrar impossibilidade da matriz ser um corpo humano e a possibilidade dela ser de inferior relevo fundamentado em arte tumular”, completou o pesquisador.
O entendimento da imagem no tecido porquê figura de “fotocópia” e não porquê marca corporal já foi discutido outras vezes. No entanto, segundo Moraes, o que difere seu estudo é o enfoque didático: reúne ilustrações simples, vídeos claros, exemplos práticos de distorção e arquivos disponíveis para reprodução. “Muito provavelmente aquele padrão não foi originário de um corpo humano, mas sim de um inferior relevo, obra de um artista medieval”, finalizou.
Manancial: Olhar Do dedo