O União Brasil deu prazo de 24 horas para que filiados peçam exoneração de cargos ou funções comissionadas no governo federalista.
A formalidade consta de uma solução aprovada pela executiva pátrio do partido, divulgada na tarde desta quinta-feira (18). O movimento reforça o retraimento da legenda da base de esteio da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, o que já havia sido anunciado no início do mês , juntamente com o Progressistas, partido que compõe uma federação com o União Brasil.
Na ocasião, a exigência de exoneração abrangia unicamente os “detentores de procuração” em cargos, o que impactaria, em tese, a permanência dos ministros do Turismo, Celso Sabino (União-PA), e do Esporte, André Fufuca (PP-MA). Ambos são deputados federais, ou seja, detentores de mandatos filiados aos partidos da federação. Até o momento, eles seguem nos cargos.
“Esse posicionamento, aliás, foi hoje [18] unanimemente reforçado pela aprovação da solução que determina aos filiados do União Brasil o desligamento, em até 24 horas, dos cargos públicos de livre nomeação na Gestão Pública Federalista direta ou indireta, sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”, diz a nota solene do partido.
Na mesma nota, o União Brasil manifesta solidariedade ao presidente do partido Antonio Rueda, em meio a publicação de reportagem que aponta suposto envolvimento do político com empresa de táxi alheado que prestava serviço para pessoas investigadas por lavagem de quantia e envolvimento com o transgressão organizado. A material foi publicada pelo portal UOL e o site ICL Notícias.
“União Brasil, por meio de sua Executiva Vernáculo e de suas Lideranças na Câmara dos Deputados e no Senado Federalista, manifesta irrestrita solidariedade ao Presidente Antonio Rueda, diante de notícias infundadas, prematuras e superficiais que tentam atingir a honra e a imagem do nosso principal dirigente”, diz a nota.
O texto prossegue em uma sátira indireta ao governo federalista sobre eventual investigação contra Rueda.
“Justificação profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias depois a formalidade solene de retraimento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no Governo Federalista movimento legítimo, democrático e amplamente discutido nas instâncias partidárias. Tal ‘coincidência’ reforça a percepção de uso político da estrutura estatal visando desgastar a imagem da nossa principal liderança e, por consequência, enfraquecer a independência de um partido que adotou posição contrária ao atual governo”.
A nota é assinada pelo vice-presidente Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, os líderes na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas Fernandes, e no Senado Federalista, Efraim Fruto, além de quatro governadores do partido, que fazem oposição ao governo federalista: Mauro Mendes (Mato Grosso), Ronaldo Caiado (Goiás), Wilson Lima (Amazonas) e Marcos Rocha (Rondônia).
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