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sábado, novembro 8, 2025

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Metanol: químicos alertam sobre riscos de testes caseiros

Bebidas adulteradas com metanol representam riscos à saúde que vão além do consumo, motivo pelo qual o Recomendação Federalista de Química (CFQ) faz um alerta: testes caseiros também podem resultar em intoxicação.

Técnico no tema, o exegeta químico do CFQ Siddhartha Giese, em entrevista à Sucursal Brasil, destacou esses riscos e deu algumas dicas sobre uma vez que identificar situações perigosas e o que fazer diante da suspeita de adulteração das bebidas.

O perito também falou sobre os processos de fiscalização deste elemento químico tão presente no dia a dia das pessoas.

Segundo o integrante do juízo, a melhor maneira de o cidadão contribuir de forma ativa na fiscalização contra o uso irregular de metanol é por meio de canais oficiais de denúncia e atitudes preventivas.

Siddhartha Giese explica que as denúncias podem ser feitas de forma anônima por diferentes meios. Um deles é o site do Procon, que criou canais específicos para registrar casos de bebidas suspeitas.

Uma outra forma de fazer a denúncia é por meio das vigilâncias sanitárias, tanto estadual uma vez que municipal. É também verosímil apresentar denúncias a autoridades policiais, uma vez que a Polícia Social, que atua em operações de inquietação e interdição de estabelecimentos; muito uma vez que aos Conselhos Regionais de Química (CRQs).

Transe

“Caso haja suspeita [de bebida adulterada], não se deve realizar testes caseiros, uma vez que farejar ou provar a bebida, pois isso pode exacerbar o risco de intoxicação”, alerta. 

Em casos de suspeita de intoxicação, o exegeta do CFQ sugere que se entre imediatamente em contato com o Disque-Intoxicação, serviço oferecido pela Sucursal Vernáculo de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltado a oferecer assistência e informações de primeiros socorros nesses casos, até que o paciente chegue ao sítio de atendimento médico de emergência. O número do Disque-Intoxicação é 0800-722-6001.

Prevenção

Do ponto de vista da prevenção, Siddhartha Giese sugere que, em primeiro lugar, se observe sinais de irregularidade nas garrafas de bebidas alcoólicas.

“Suspeite de preços muito aquém do mercado, embalagens com lacres tortos, rótulos desalinhados, erros ortográficos ou carência de informações obrigatórias uma vez que CNPJ, endereço do trabalhador ou número do lote”, disse o químico à Sucursal Brasil.

Fiscalização

Diante dos riscos da substância, estão previstas regras de fiscalização para o transporte e para a comercialização do metanol.

“A fiscalização da comercialização do metanol no Brasil é rigorosa e envolve tanto a Sucursal Vernáculo do Petróleo, Gás Procedente e Biocombustíveis (ANP) quanto a Polícia Federalista, pois o metanol é classificado uma vez que substância controlada”, explica o perito do CNQ.

Cadastro Prévio

Qualquer operação envolvendo metanol — o que abrange importação, transporte, armazenamento, distribuição ou uso — exige, segundo ele, cadastro prévio, autorização específica e rastreabilidade completa.

“A ANP é responsável por regular e monitorar a masmorra de suprimento do metanol, que no Brasil é quase totalmente importado. Exclusivamente empresas autorizadas podem importar e comercializar o resultado, mediante licença específica e concordância para cada fardo”, acrescentou.

Outrossim, essas empresas devem informar periodicamente à ANP a quantidade adquirida, o direcção e a finalidade do metanol, garantindo que ele seja utilizado unicamente em processos industriais legítimos, uma vez que a produção de biodiesel, formaldeído e outros derivados químicos.

PF e conselhos

“A Polícia Federalista, por sua vez, exerce fiscalização e repressão quando há indícios de uso ilícito, uma vez que adulteração de bebidas ou combustíveis, ou ramal de metanol para fins criminosos. Por ser um resultado controlado, qualquer movimentação sem autorização ou fora das condições legais pode configurar delito”, complementou referindo-se ao tratamento previsto pelo Código Penal relativo a adulteração de substâncias alimentícias.

Ele acrescenta que o CFQ e seus conselhos regionais também desempenham “papel importante” na fiscalização das atividades que envolvem processos químicos, incluindo a indústria de bebidas alcoólicas.

Empresas que realizam atividades que demandem conhecimentos de química devem, segundo o próprio juízo, recontar com um responsável técnico (RT) devidamente habilitado e registrado.

“Esse profissional responde técnica e legalmente pela realização das operações, garantindo que sejam cumpridas as normas técnicas, sanitárias e ambientais, além das boas práticas de fabricação. No caso de bebidas, isso assegura a qualidade do resultado, do processo, muito uma vez que da conformidade com regulamentos”, complementou.

Emergência médica

A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema sisudez. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organização em produtos tóxicos (uma vez que formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.

Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à fanatismo) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).

Em caso de identificação dos sintomas, buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar pelo menos uma das instituições a seguir:

Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;

CIATox da sua cidade para orientação especializada; 

Núcleo de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país;

É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado. A morosidade no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a verosimilhança do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.

Nascente: Sucursal Brasil

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