O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em dois momentos, durante a visitante que faz à capital da Indonésia, Jacarta, a possibilidade de uso de moedas locais no negócio entre os dois países.
A primeira delas, durante enunciação à prelo, na madrugada desta quinta-feira (23). Hoje de manhã, Lula disse que tanto o Pix quanto o sistema similar indonésio têm condições de facilitar não só o negócio entre os dois países, mas, também, entre os países que integram o Brics – grupo formado por 11 países-membros e dez parceiros, entre eles o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul,
“No contextura do Brics, o Pix brasiliano e o Qris indonésio oferecem modelos de sistemas de pagamentos eficazes e acessíveis, que podem inspirar medidas que facilitarão o negócio em moedas locais entre os países do conjunto”, disse o presidente durante evento com empresários brasileiros e indonésios.
Segundo Lula, esse movimento faz segmento de uma “estratégia mais ampla do Brasil de variar parcerias e facilitar o negócio”.
Liberdade para uso da própria moeda
Mais cedo, durante enunciação conjunta de Lula e do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, à prelo, Lula já havia repetido seu posicionamento favorável ao uso de moedas locais para o negócio entre os dois países.
“Nós queremos negócio livre. E, mais ainda: tanto a Indonésia quanto o Brasil têm interesse em discutir a possibilidade de a comercialização entre nós dois ser com as nossas moedas”, disse, mais cedo, o presidente brasiliano – ao enfatizar que esse tipo de “liberdade de uso das próprias moedas” é alguma coisa que já deveria ter sucedido.
“O século XXI exige que tenhamos a coragem que não tivemos no século XX. Exige que a gente mude alguma forma de agir comercialmente para não ficarmos dependentes de ninguém”, acrescentou ao proteger o multilateralismo, em vez do unilateralismo.
Posteriormente, no encontro com empresários, reiterou que, “porquê a Indonésia, o Brasil se opõe a medidas unilaterais e coercitivas que distorcem o negócio e limitam a integração econômica”.
Segundo ele, “ é o setor privado, com parcerias e projetos conjuntos, que transformará a afinidade diplomática em prosperidade compartilhada para os dois países”.
“Indonésia e Brasil seguirão parceiros na construção de um horizonte compartilhado de cooperação, desenvolvimento e justiça social”, completou.
Natividade: Escritório Brasil
