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A Amazônia, palco da próxima Conferência do Clima da ONU (COP30), vive um momento crítico marcado por secas severas, colapso ecológico e impactos diretos sobre milhões de pessoas. Comunidades ribeirinhas, pesquisadores e instituições relatam mudanças profundas no ciclo da maior floresta tropical do mundo, que já sinaliza riscos crescentes de atingir um ponto de não retorno. Os efeitos dessas transformações se estendem desde a perda de biodiversidade até o comprometimento do aprovisionamento urbano e da saúde pública.
Secas históricas expõem fragilidade da Amazônia
Entre 2023 e 2024, a Amazônia enfrentou a pior seca de sua história recente. No rio Tapajós, o nível da chuva baixou drasticamente, reduzindo mais de um quilômetro em algumas margens e provocando mortandade de peixes. Para comunidades uma vez que Jamaraquá, no Pará, isso significou menos comida, menos renda e a redução de produtos tradicionais que dependem da floresta.
A prolongada estiagem também fez com que árvores abortassem frutos e plantações tradicionais, uma vez que a mandioca, tivessem colheita reduzida. A escassez de recursos se somou ao impacto emocional: moradores relatam espanto ao observar transformações tão rápidas em um envolvente historicamente sólido.
Os cientistas do Quadro Científico para a Amazônia (SPA) confirmam que essas mudanças não são pontuais. Segundo o climatologista Carlos Superior, o sul da Amazônia já demonstra comportamento típico de um ecossistema à extremidade do colapso. Pesquisas recentes apontam que a estação seca está de quatro a cinco semanas mais longa e até 30% mais árida. A temperatura regional também já aumentou 2 °C.
O papel do desmatamento no agravamento da crise
Estudos revisados por 145 pesquisadores do SPA ressaltam que o desmatamento tem peso determinante nesse cenário. De negócio com uma das análises citadas, 74% da subtracção das chuvas está diretamente associada à perda da cobertura florestal. Sem a floresta, o ciclo da chuva se rompe, agravando o calor e reduzindo a capacidade originário da Amazônia de sequestrar carbono – uma função vital no combate às mudanças climáticas.
Lista de efeitos identificados por cientistas na Amazônia:
- estação seca mais longa;
- aumento significativo das temperaturas;
- queda no volume de chuvas;
- redução do desenvolvimento das árvores;
- morte de espécies vegetais;
- perda de biodiversidade;
- risco crescente de não retorno ecológico.
As consequências são visíveis também nos centros urbanos. Em Rondônia, o rio Madeira registrou sua menor vazante e prejudicou aprovisionamento de chuva, navegação e geração de vigor. No Pará, 100% do território enfrentou seca em 2024, trazendo aumento de doenças respiratórias, diarreias e proliferação de mosquitos transmissores de dengue, malária e leishmaniose.
Amazônia uma vez que prioridade global
Com mais de 47 milhões de habitantes, 400 povos indígenas e inúmeras comunidades tradicionais, a Amazônia depende tanto da integridade ecológica quanto da proteção social. Os cientistas defendem que o bioma seja tratado uma vez que prioridade global durante a COP30. A manutenção da conectividade ecológica e sociocultural, além do combate ao delito organizado ligado ao desmatamento e ao mina, são pontos centrais do debate.
Leia mais:
Pesquisadores reforçam que compromissos uma vez que desmatamento zero, recuperação de áreas degradadas e esteio financeiro internacional são essenciais. Para ribeirinhos uma vez que Ivanilda Fonseca, preservar a Amazônia não é unicamente uma tarifa climática, mas uma questão de sobrevivência. Sua mensagem aos participantes da COP30 é direta: a floresta precisa de ajuda imediata.
Manadeira: Olhar Do dedo
