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domingo, agosto 24, 2025

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Asteroides famosos podem ser “irmãos”

Bennu e Ryugu, dois dos asteroides mais conhecidos, podem ter se originado há bilhões de anos a partir da fragmentação de uma mesma rocha espacial “mãe”.

Um item descrevendo a invenção foi publicado esta semana no periódico científico The Planetary Science Journal. Segundo o estudo, dados espectrais do asteroide 142 Polana, coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, têm semelhanças impressionantes com as amostras de Bennu e Ryugu trazidas à Terreno. Isso pode valer que os três seriam partes de um mesmo corpo celestino maior.

Representação artística da enorme rocha “mãe” Polana se fragmentando, quando pode ter oferecido origem aos asteroides Bennu e Ryugu. Crédito: NASA

Com muro de 500 metros de largura, Bennu foi objeto de estudo da missão OSIRIS-REx, da NASA, em 2022. Na ocasião, a sonda pousou no asteroide e coletou amostras, que chegaram à Terreno em setembro de 2023. Ryugu é maior, com aproximadamente 900 metros, e recebeu a visitante da sonda japonesa Hayabusa2 em 2019, que trouxe amostras em dezembro de 2020.

Bennu e Ryugu são “asteroides potencialmente perigosos”

Ambos têm formato de piorra e são classificados porquê “asteroides potencialmente perigosos” (PHAs, na {sigla} em inglês), por estarem relativamente próximos da Terreno. Apesar disso, nenhum deles oferece risco significativo ao planeta pelo menos nos próximos século anos – com Bennu tendo uma pequena chance de colisão unicamente em 2182, segundo a NASA.

Entre as teorias sobre a origem de Bennu e Ryugu, uma das mais fortes é que eles fazem secção da família de asteroides Polana. Essa família teria se formado quando um asteroide gigante se fragmentou no início do Sistema Solar. O maior remanescente já detectado dessa rocha é 142 Polana, um asteroide com mais de 55 km localizado no cinturão principal, entre Marte e Júpiter.

Modelo do asteroide Bennu que foi coletada pela missão OSIRIS-REx, da NASA, em 2022. Crédito: Yasuhiro Oba

De combinação com a pesquisa recente, a semelhança química entre os três indica uma origem geral. No entanto, não há certeza absoluta sobre isso. Alguns detalhes nas composições diferem, mas isso pode ser resultado das alterações nas superfícies ao longo do tempo.

“Logo no início do Sistema Solar, grandes asteroides colidiram e se fragmentaram, formando famílias de asteroides. Polana seria o maior remanescente, e Bennu e Ryugu seriam pedaços dessa colisão”, explicou em um expedido a autora principal do estudo, Anicia Arredondo, observador planetária do Southwest Research Institute (SwRI), no Texas.

Segundo a coautora Tracy Becker, também do SwRI, as diferenças nas superfícies podem ser porque Bennu e Ryugu estão mais próximos do Sol, recebendo mais radiação e partículas solares, enquanto Polana é mais macróbio e sofreu impactos de micrometeoroides por mais tempo.

Apesar das pequenas diferenças, a equipe concluiu que a hipótese mais provável é que os três asteroides tenham se originado do mesmo corpo. “Eles são semelhantes o suficiente para que possamos declarar que todos podem ter vindo de uma mesma rocha-mãe”, disse Arredondo.

Modelo recolhida do asteroide Ryugu pela espaçonave Hayabusa2, do Japão. Crédito: Yada, et al.; Nature Astronomy

Leia mais:

Uma provável colisão entre um asteroide e a Terreno sempre é motivo de preocupação. Apesar de ser muito menor do que o objeto considerado o principal responsável pela extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos, o asteroide Bennu poderia trazer consequências trágicas.

Cientistas climáticos da Universidade Pátrio de Busan, na Coreia do Sul, realizaram diversas simulações para prever os possíveis efeitos de um impacto dele com o planeta. Saiba detalhes cá.

Manancial: Olhar Do dedo

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