O ex-presidente da República Jair Bolsonaro deixou hoje (16), pela primeira vez, sua moradia em um condomínio fechado do Lago Sul, em Brasília, desde que começou a satisfazer a prisão domiciliar, no dia 4. Com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), Bolsonaro se deslocou até um hospital privado da capital federalista a término de realizar exames clínicos.
O ex-presidente chegou ao hospital DF Star às 9h e, até as 11h30, permanecia no lugar. Ao atender o pedido dos advogados de Bolsonaro e autorizar que ele saísse de moradia, Moraes estabeleceu que o ex-presidente deve retornar para seu condomínio em no supremo oito horas, e apresentar, em até 48 horas, um atestado de comparência especificando os procedimentos realizados.
Bolsonaro deve passar por exames de sangue, urina, endoscopia, tomografia computadorizada, ultrassonografia e ecocardiograma. Segundo a resguardo do ex-presidente, os exames são necessários porque, nos últimos dias, ele tem apresentado quadro de refluxo e soluços refratários.
Desde 2018, quando foi mira de um atentado, Bolsonaro necessita de séquito médico periódico devido às consequências das cirurgias a que se submeteu em virtude da facada que recebeu na região do abdômen e que provocou graves lesões nos intestinos magro e grosso.
Durante o período em que estiver fora de moradia, Bolsonaro continuará sendo monitorando por tornozeleira eletrônica. O ministro determinou que a Secretaria Gestão Penitenciária (Seap-DF) acompanhe todo o deslocamento. O órgão é responsável pelo monitoramento eletrônico do equipamento.
Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro no último dia 4, por entender que o ex-presidente usou redes sociais de seus filhos (Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro) para despojar a proibição de usar essas redes, inclusive por intermédio de terceiros.
As medidas cautelares foram determinadas no interrogatório no qual o deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP), fruto do ex-presidente, é investigado pela atuação junto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasílico e ministros do Supremo. Em março deste ano, Eduardo pediu licença do procuração parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a argumento de perseguição política.
Nesse processo, o ex-presidente é investigado por mandar recursos, via Pix, para bancar a estadia de seu fruto no exterior. Bolsonaro também é réu na ação penal da trama golpista no Supremo. O julgamento está marcado para setembro.
A reportarem ainda não conseguiu contato com a assessoria do ex-presidente.
Natividade: Dependência Brasil
