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sexta-feira, novembro 7, 2025

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Cientistas quem traçar mapa da Lua para encontrar gelo de água

Especialistas de vários países vão se reunir entre 12 e 14 de novembro, em Honolulu, no Havaí, para a 2ª Conferência sobre Compostos Voláteis dos Polos Lunares. O encontro procura solidar o que se sabe – e, mais ainda, o que ainda falta saber – sobre chuva, hidrogênio, hélio e outras substâncias preservadas nas regiões permanentemente sombreadas da Lua, com o objetivo de viabilizar missões robóticas e tripuladas e, no horizonte, produzir combustível, ar respirável e chuva potável com recursos locais.

Em resumo:

  • Pouco se sabe sobre a disponibilidade de gelo de chuva na Lua;
  • Falta um levantamento completo dos voláteis nas regiões polares permanentemente sombreadas;
  • Mapas de gelo de chuva ainda são incompletos e inconsistentes entre métodos;
  • A distribuição vertical dos voláteis segue pouco conhecida, exigindo amostras in loco;
  • Provas definitivas e reproduzíveis de gelo de superfície são prioridade científica;
  • Cooperação internacional cresce, embora as estratégias individuais das potências sigam prevalecendo.
Cientistas estão em procura de voláteis nos polos lunares que possam ser utilizados para uma estadia humana prolongada na Lua. Crédito: Instituto de Geofísica e Planetologia do Havaí, Universidade do Havaí em Manoa

O que falta saber sobre o gelo nos polos da Lua

O organizador do evento, Shuai Li, do Instituto de Geofísica e Planetologia do Havaí, da Universidade do Havaí em Manoa, afirma ao site Space.com que há lacunas claras. “Acho que há pelo menos três aspectos relacionados aos voláteis polares lunares que estamos ignorando”. 

Para ele, o primeiro ponto é um levantamento espaçoso e sistemático dos compostos presentes nas regiões permanentemente sombreadas, essenciais para indicar onde pousar e o que explorar.

Segundo Li, até o gelo de chuva – provável volátil mais profuso – carece de um mapeamento consistente, mormente em áreas onde o texto pode ser grave, mas ainda assim útil para missões. “Por exemplo, o gelo de chuva pode ser o formado volátil mais profuso, mas ainda não temos um mapeamento robusto dele”. Ele acrescenta que compostos uma vez que sulfeto de hidrogênio e dióxido de carbono devem viver em quantidades menores, mas “não temos observações diretas dessas espécies voláteis”.

Outro ponto crítico é entender uma vez que os voláteis se distribuem aquém da superfície. Sem essa visão em profundidade, qualquer estimativa sobre reservas utilizáveis permanece frágil. Por termo, Li defende a coleta de amostras para rastrear a origem dos compostos e os processos que os prenderam no solo lunar ao longo do tempo.

Nove regiões candidatas para pouso da missão Artemis III da NASA no polo sul lunar. Crédito: NASA

Provas definitivas ainda são escassas

Para Norbert Schörghofer, observador sênior do Instituto de Ciências Planetárias e coorganizador da conferência, a superfície de estudo “está unicamente começando”. Missões-chave foram adiadas pela NASA, uma vez que o rover VIPER ({sigla} em inglês para Rover de Investigação de Voláteis em Regiões Polares), o que limita a qualidade dos dados. “O mais importante é que precisamos de provas definitivas da existência de gelo na Lua”.

Em 2009, o impacto controlado do Satélite de Reparo e Detecção de Crateras Lunares (LCROSS) detectou sinais de chuva em uma cratera do polo sul, mas o resultado foi único e difícil de replicar. “A sonda LCROSS mediu seis por cento, mas isso não é muito gelo e foi um experimento de disparo único”, diz Schörghofer. “Precisamos de evidências definitivas e reproduzíveis”.

Enquanto amostras lunares coletadas pelas missões chinesas Chang’e-5 e Chang’e-6 avançaram o conhecimento sobre chuva incorporada nas rochas, o quadro do gelo superficial e subsuperficial pouco evoluiu por falta de pousos em regiões polares. “Os cientistas estão tentando extrair informações com instrumentos que nunca foram projetados para detectar voláteis lunares, logo acabamos com muitas observações do tipo ‘talvez’”, resume Schörghofer.

Quadro enviado pela sonda Chang’e-5, mostrando o braço robótico de coleta de amostras e marcas de escavação no regolito lunar. Crédito: CNSA/CLEP

Leia mais:

Cooperação internacional e próximos passos

Apesar do ritmo lento, há sinais de colaboração crescente. O orbitador sul-coreano Danuri, com a câmera ultrassensível ShadowCam fornecida por instituições norte-americanas, está examinando áreas continuamente sombreadas com precisão inédita. Para Li, “o progresso é muito lento, mas já podemos ver o incremento”.

Schörghofer aposta que EUA e China liderarão as próximas décadas da exploração lunar. “A colaboração internacional é bem-vinda e amplia o interesse científico pela Lua. O proporção de cooperação sem incerteza aumentará, mas, em última instância, estamos diante de uma competição entre duas superpotências”, avalia. A recomendação unânime é compartilhar achados entre missões que em breve devem pousar no polo sul, acelerando a compreensão dos voláteis e preparando o uso sítio de recursos.

A conferência deve orientar a seleção de instrumentos, áreas de pouso e protocolos de amostragem para evitar análises inconclusivas e maximizar a ciência em cada missão.

Dominar o planta do gelo e de outros voláteis nos polos da Lua tem efeito direto sobre a segurança e a sustentabilidade das viagens espaciais. Oxigênio, chuva e combustíveis produzidos no sítio reduzem a submissão de cargas lançadas da Terreno, cortam custos e riscos e viabilizam estadias mais longas. Para astronautas, isso significa sistemas de suporte à vida mais robustos, menos exposição a perigos durante deslocamentos desnecessários e maior margem para pesquisa.

No médio prazo, saber onde e uma vez que extrair chuva com responsabilidade ajuda a preservar ambientes lunares frágeis, ao mesmo tempo que impulsiona tecnologias de purificação, reciclagem e armazenamento de força – soluções que retornam em benefícios práticos cá na Terreno, principalmente em regiões remotas e operações de emergência.


Natividade: Olhar Do dedo

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