O empresário Roberto Galego, historicamente ligado à ex-prefeita Moema Gramacho, continua mostrando força nos bastidores do poder municipal. Amigo e aliado de longa data da ex-gestora, Galego foi beneficiado em diversas obras e contratos durante sua administração. Hoje, ele aparece novamente no centro das atenções, desta vez pelo estreitamento de laços com a prefeita Débora Régis, que sempre se apresentou como crítica ferrenha aos aliados de Moema.
Documentos recentes do Diário Oficial revelam que empresas ligadas à família de Galego continuam firmando contratos relevantes com a Prefeitura. O aluguel de imóvel utilizado pela Secretaria de Educação, por exemplo, tem como sócios filhos de Galego, o que demonstra a manutenção da presença familiar nos negócios com o poder público.
Além disso, Roberto Galego comanda uma das principais obras em andamento no município: a construção da nova orla de Ipitanga, projeto de grande visibilidade política e social, que reforça sua posição de destaque como empresário com acesso privilegiado à atual gestão.
A contradição é evidente: Débora Régis construiu seu discurso político prometendo romper com os antigos arranjos, denunciando contratos suspeitos e atacando duramente os aliados de Moema. Hoje, porém, sua administração caminha lado a lado com figuras que antes eram vistas como símbolos do modelo que ela combatia.
Questões levantadas:
• Estaria a atual gestão reproduzindo os mesmos padrões que dizia combater?
• Como explicar a presença cada vez mais forte de Roberto Galego e de seus familiares em contratos e obras estratégicas?
• O que muda, na prática, para a população, quando apenas os atores do jogo se revezam, mas o enredo político permanece o mesmo?
O caso reforça uma percepção comum entre os moradores: em Lauro de Freitas, as alianças podem até mudar de cor, mas os interesses seguem sempre no mesmo caminho.
