A prefeita Débora Régis (União Brasil) foi eleita com 70.691 votos em 2024, com apoio de uma base ampla, composta por diversos partidos e candidatos. Mas, menos de um ano depois, a base política que a ajudou a chegar ao poder começa a se fragmentar.
Três perdas estratégicas em menos de um ano
1. Tenóbio – Rompeu politicamente com críticas públicas à gestão (3.450 votos)
2. Gustavo Ferraz – Também rompeu e tem feito denúncias contra o governo (879 votos)
3. Ismael de Deus – Foi exonerado sem justificativa oficial, mesmo após apoiar o grupo e obter 616 votos
Somados, os três representavam quase 5 mil votos diretos — e, mais importante, são lideranças com influência em suas comunidades.
Votos e influência: a conta que preocupa
Os partidos aliados da prefeita somaram 36.868 votos para vereador, mas Débora teve mais de 70 mil votos. Ou seja, é possível que cada candidato tenha ajudado a levar mais eleitores para a chapa majoritária do que seus próprios votos mostram.
Essas rupturas, portanto, têm um impacto político e simbólico, que vai além da matemática.
Clima de insatisfação: quem será o próximo?
O que preocupa nos bastidores é que outros nomes da base também estariam insatisfeitos. Um exemplo é o PL, que apoiou Débora, mas hoje não tem representação na gestão.
“Tem muito aliado calado, esperando a hora certa de se afastar”, afirma uma fonte próxima da base.
Conclusão
A gestão segue com obras e ações, mas governabilidade se constrói com alianças, escuta e presença política.
Se não houver uma recomposição real com os aliados, a base que ajudou a eleger a prefeita pode virar oposição ou simplesmente se afastar em silêncio.
Obra se faz com trator. Reeleição se faz com diálogo.