Nesta quarta-feira (19), circularam nas redes sociais vídeos que mostram o deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT) em uma bulha de rua com um varão incógnito. No vídeo, os dois trocam socos e chutes em uma via no núcleo de Curitiba (PR).
Em um vídeo publicado agora a noite, o parlamentar disse que reagiu posteriormente ter sofrido racismo.
“O motivo foi o mesmo que me fez pleitear na rua desde que eu era moçoilo: racismo, humilhação, injúria, violência e agressão”, afirmou.
Nas imagens, Freitas e o outro rapaz, não identificado, aparecem desferindo golpes um no outro. O deputado dá dois chutes e, na sequência, recebe um soco no rosto, que quebra seu nariz. Um outro vídeo capta os dois atravessando a rua aos socos e indo parar na passeio do outro lado. Nesse momento, pessoas interferem e separam os dois. Não é verosímil identificar porquê a bulha teve início.
O deputado diz que o varão com quem brigou jogou o coche em cima dele.
“Eu estava com a minha amiga, também negra, atravessando a rua, e o face tocou o coche em cima de nós”. Renato diz que não reagiu, mas o varão baixou o vidro e o xingou. “Ele saiu do coche e veio para pleitear”.
Segundo o político, o rapaz foi detrás dele e de seu assessor já filmando.
“Ele estava filmando e eu não imaginava que ele iria partir para a agressão. E eu também não comecei, mas ele estava filmando e era justamente o que ele queria”.
Nas redes sociais, o presidente pátrio do PT, Edinho Silva, repudiou a agressão sofrida pelo deputado. Ele destacou que Renato Freitas é uma reconhecida liderança “na luta antirracista, por paridade, democracia e direitos” e tem sido cândido frequente de racismo e violência política.
“O deputado tem sido cândido jacente do fascismo porque defende suas ideias com coragem, sustenta o projeto de paridade no estado e se mantém leal à resguardo dos programas que melhoram a vida do povo trabalhador. O que aconteceu é inadmissível e criminoso. Manifestamos nossa totalidade solidariedade e escora ao companheiro Renato Freitas. Não aceitaremos que o racismo tente embatucar vozes que nasceram da mobilização popular e que seguem lutando para transformar o país”, disse na mensagem.
A curso política de Freitas é marcada por perseguições desde quando era vereador, em Curitiba. Em 2020, ele foi réprobo à prisão em regime lhano por um protesto na capital paranaense. Em 2022, teve seu procuração cassado pela Câmara Municipal por supostamente invadir uma igreja, o que Freitas nega. A cassação foi anulada pelo STF.
Manadeira: Dependência Brasil
