Em 1936, o arqueólogo britânico Walter Emey encontrou na tumba do Príncipe Sabu, localizada na necrópole de Saqqara, no Egito, um artefato em forma de disco. O objeto estava em pedaços quando foi retirado, mas, mesmo em seguida sua reconstrução, ele continua a intrigar pesquisadores.
Em seu livro, Emey registrou uma lista dos itens encontradas na tumba. O esqueleto do sublime egípcio estava virgem em um caixão de madeira, ao volta havia dezenas de vasos de pedra e cerâmica, ferramentas de pedra e cobre, os sobras mortais de dois bois e uma “tigela” de formato único, a qual ele nomeou de “Disco de Sabu”.
O artefato mede murado de 61 cm de diâmetro e 10,6 cm de profundidade, com um buraco de 8 cm ao meio. É completamente feito de xisto, uma rocha frágil composta de camadas finas e planas. Há também três outros orifícios na peça que se estendem de um “dobramento” da peça em direção ao meio.
Segundo o Museu Egípcio, o Disco de Sabu data do período da Primeira Dinastia, entre 3000 e 2800 a.C., um momento marcado pela unificação entre o Cimeira e o Inferior Egito e a consolidação do reino.
De objeto alien a decoração de luxo, artefato intriga pesquisadores
O formato único do disco levou a diversos debates sobre a sua função. Emery especulou que o artefato seria um recipiente cerimonial, mas nenhuma evidência disso foi encontrada na tumba.
Outros arqueólogos sugerem que o artefato pode ter servido porquê peça decorativa, função indicada por sua construção delicada, que revela a grande habilidade dos artesãos egípcios.
Pesquisadores se dedicam a encontrar funções para o objeto até hoje. Em um estudo de 2014, o doutor em geografia e professor Gizo Vashakidze propõe que o artefato funcionaria porquê uma máquina de vapor, com a qual os egípcios poderiam gerar vapor de forma rápida ao aprimorar o contato do ar com a chuva.
Um item de 2022 sugere que o disco seria um tanque de mistura, recipiente usado para mesclar o malte moído com chuva para se produzir cerveja, uma bebida consumida há mais de 5 milénio anos no Egito.
Fora do mundo acadêmico, o disco é objeto de teorias incomuns. Há hipóteses de que ele representaria uma tentativa dos egípcios em replicar peças de metal, o que indicaria o conhecimento de tecnologias avançadas. Isso poderia indicar um contato com influências extraterrestres, um pouco sem evidência e não sustentado pela arqueologia.
A função do Disco de Sabu segue um mistério do Macróbio Egito. De objeto decorativo a artefato estrangeiro, hipóteses cientificas e suposições fantasiosas povoam a imaginação daqueles que se dedicam a entendê-lo. Conforme novos estudos progredirem, a comunidade cientifica espera desenredar a verdadeira função dessa intrigante peça do pretérito.
Manancial: Olhar Do dedo
