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domingo, agosto 17, 2025

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EUA tentam asfixiar Cuba via bloqueio da exportação de serviço médico

Além de funcionários brasileiros ligados ao programa Mais Médicos, o Departamento de Estado dos Estados Unidos (EUA) cancelou, no mesmo dia, vistos de funcionários de governos africanos, granadino e cubano, e seus familiares, envolvidos em programas de cooperação na superfície médica com Cuba.

A ação da Moradia Branca tem porquê objetivo sufocar economicamente Cuba ao violar parceiros na tentativa de bloquear uma das principais fontes de recursos do país: a exportação de serviços médicos.

Para o exegeta de geopolítica Hugo Albuquerque, a ação do governo Trump foi uma provocação tentando aumentar o isolamento de Cuba, ao mesmo tempo que tenta uma “mudança de governo” no Brasil.  

“É uma manobra de provocação de um tanto que a extrema direita tinha sido contrária há mais de 10 anos. Foi uma política importante do governo da Dilma e foi polêmica porque diminuía o isolamento da ilhota”, disse, se referindo ao programa Mais Médicos.

O Departamento de Estado dos EUA, chefiado pelo progénito de cubanos Marco Rubio, afirma que esse esquema “enriquece o corrupto regime cubano, ao mesmo tempo em que priva o povo cubano de cuidados médicos essenciais”.

“Os Estados Unidos continuam a interagir com os governos e tomarão as medidas necessárias para pôr termo a esse trabalho forçado”, diz. 

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, defende a legitimidade da cooperação médica – Escritório EFE/Alejandro Ernesto/direitos reservados

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, condenou a ação do governo estadunidense e defendeu a legitimidade do país de recorrer à cooperação médica porquê manadeira de ingressos externos.

“A colaboração cubana tem sido uma manadeira honesta de renda para o país, com base nas capacidades que o país criou, e com base nas necessidades de governos de países que precisaram e solicitaram essa cooperação. Isso é feito com favor reciprocamente. Apesar disso, muitas das brigadas e missões médicas cubanas também têm sido totalmente gratuitas”, explicou o mandatário cubano.

Cerco a Cuba

Desde fevereiro deste ano, a Moradia Branca vem ameaçando os países que cooperam na superfície médica com Cuba. Segundo o Ministério da Saúde do país caribenho, a ilhota mantém atualmente 24 milénio médicos em 56 países.

Estima-se que, em 2019, a exportação de serviços médicos representou 46% das exportações cubanas e 6% do Resultado Interno Bruto (PIB), segundo estudo do doutor em sociologia da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA), Samuel Farber.

Os EUA impõem, há mais de 60 anos, um duro bloqueio econômico à ilhota caribenha com o objetivo de mudar o regime político do país, estabelecido depois a Revolução de 1959. O embargo à Cuba é réprobo pela maioria dos países, que consideram uma violação ao recta internacional.

Cuba tem esse programa de cooperação médica desde a dez de 1960. Ao longo da história, 605 milénio médicos de Cuba atuaram em 165 nações. Países porquê Portugal, Ucrânia, Rússia e Espanha, Argélia e Chile receberam médicos cubanos ao longo de mais de 60 anos. Os dados são do Ministério da Saúde de Cuba.

Países caribenhos

Chefes de Estado e de governo do Caribe, onde essa cooperação médica com Cuba tem longa tradição, criticaram a pressão da Moradia Branca para suspender os acordos.

A primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, destacou que o país não teria superado a pandemia de Covid-19 sem os médicos e enfermeiros cubanos, que receberam o mesmo salário dos barbadianos.  

“A teoria passada por esse governo dos EUA, mas também pelos anteriores, de que estamos envolvidos em tráfico de pessoas ao vincular-nos com as enfermeiras cubanas, foi totalmente repudiado e rechaçado por nós. Se o dispêndio para isso é a perda do meu visto dos EUA, portanto que assim seja”, afirmou Mia.

Já o primeiro-ministro de Trinidade e Tobago, Keith Rowley, rechaçou a criminação dos EUA de contribuir com “trabalho forçado” por assinar acordos na superfície médica.

“Somos chamados de traficantes de pessoas porque contratamos técnicos a quem pagamos em dólar igual aos preços locais. Acabei de voltar da Califórnia e, se nunca mais a vir na minha vida, garantirei que a soberania de Trinidad e Tobago seja conhecida por seu povo e respeitada por todos”, afirmou sobre a prenúncio de ter o visto para os EUA cancelado.

O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralf Gonsalves, também rejeitou cancelar os acordos com Cuba e deixar pessoas do país sem entrada à assistência médica.

“Se os cubanos não estiverem ai, quem poderá oferecer esse serviço [de hemodiálise para 60 pacientes]? Esperam que eu cancele a cooperação porque quero manter um visto [para entrar nos EUA]? Deixaria que 60 pessoas pobres morram? Isso nunca acontecerá”, afirmou.

Em outubro de 2013, médicos cubanos desembarcavam em Brasília contratados pelo Programa Mais Médicos – José Cruz/Escritório Brasil

Brasil

O perito Hugo Albuquerque avalia que o cancelamento do visto de funcionários do Ministério da Saúde ligados ao Mais Médicos é  uma tentativa de escalar a crise com o Brasil. 

“O governo Trump, na medida que ele não está conseguindo o que ele quer com o Brasil, ele está aumentando o cerco. A governo Trump achava que as tarifas contra o negócio iam chegar para derrubar o governo brasílico. É uma escalada. Trump se resolveu por uma mudança de regime no Brasil de uma maneira bastante descarada e até surpreendente”, comentou. 

Para ele, Trump quer evitar que o Brasil saia da superfície de influência de Washington em meio à guerra mercantil contra a China. 

“Trump está transformando o Brasil num experimento. Essas medidas estão sendo aplicadas agora com o objetivo de basicamente subordinar o Brasil sem dar zero em troca. Zero que o Brasil fizer para cooperar vai ser recompensado”, avalia.

Mais Médicos 

Entre 2013 e 2018, existiu uma cooperação do Brasil com Cuba via Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). O pacto empregou até 11 milénio médicos cubanos em todo o país em seu auge, o que representou mais da metade dos profissionais do programa Mais Médicos.

Atualmente, existem ainda 2,6 milénio cubanos que atuam pelo Mais Médicos, o que representa murado de 10% do totalidade. Porém, a participação não se dá mais via OPAS, mas sim por meio de editais abertos a todos os estrangeiros que queiram ocupar as vagas não preenchidas pelos brasileiros.

O programa Mais Médicos registra subida avaliação popular ao disponibilizar profissionais de saúde básica para mais de 4 milénio municípios brasileiros e ter beneficiado, desde a geração em 2013, mais de 66,6 milhões de pessoas. Os dados são do Ministério da Saúde (MS).

Somente no primeiro ano do Mais Médicos, a cobertura de atenção básica de saúde aumentou de 10,8% para 24,6% da população. A atenção básica é onde se concentra murado de 80% dos problemas de saúde.

Manadeira: Escritório Brasil

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