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quinta-feira, setembro 18, 2025

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Fúria do Sol atinge cometa raro e ameaça quebrar cauda do objeto

Conforme noticiado pelo Olhar Do dedo, rajadas de vento solar em altíssima velocidade foram lançadas em direção à Terreno por um buraco gigantesco que se abriu no planeta. Porquê resultado, tempestades geomagnéticas de proporção possante produziram auroras espetaculares no setentrião do mundo entre segunda (15) e terça-feira (16). Mas não é unicamente o planeta que está sentindo os efeitos da “fúria” do Sol – o cometa SWAN (C/2025 R2) também foi atingido.

Uma imagem divulgada na plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com mostra a perturbação causada pelo material solar na extensa rabo do corpo etéreo recém-descoberto. “A rabo do cometa está extremamente ativa”, relatou o astrônomo Gerald Rhemann, que registrou o objeto na terça. “Essas mudanças são impulsionadas pelo vento solar”.

Rabo de íons do cometa SWAN R2 está extremamente ativa ao ser atingida pelo vento solar. Crédito: Gerald Rhemann via Spaceweather.com

O cometa está sentindo toda a força do vento solar enquanto desliza pelo espaço, próximo à trajectória de Mercúrio. Cada torção, filamento e nó em sua rabo é estimulado e moldado pela ação do Sol.

O profissional em cometas Michael Mattiazzo, da Austrália, capturou uma visão de campo mais grande do objeto. “A rabo iônica do cometa SWAN apresentou uma grande perturbação ontem à noite”, diz ele. “Há um saca-rolhas descontrolado com mais de 5 graus de comprimento. Deve estar sendo atingido por uma ejeção de tamanho coronal (CME)”.

Visão de camplo grande mostra a extensa rabo do cometa SWAN R2 perturbada pelo vento solar. Crédito: Michael Mattiazzo via Spaceweather.com

Às vezes, ventos solares e jatos de plasma (as CMEs) podem arrancar completamente a rabo de um cometa. Isso aconteceu, por exemplo, com o Nishimura (C/2023 P1), em setembro de 2023. Na ocasião, no entanto, ele deu uma de “lagartixa” e regenerou o “rabo”. Poucos meses antes, o cometa C/2022 E3 (ZTF) também passou por uma desconexão semelhante.

Porquê o SWAN R2 está muito próximo do Sol, que está em atividade acentuada por esses dias, as chances de uma ruptura na rabo desse cometa são muito consideráveis. É esperar para conferir – por enquanto, vamos relembrar a história do “montanhoso”.

Desvelado na última sexta-feira (12), o objeto, que foi temporariamente chamado de SWAN25B, foi visto pela primeira vez pelo ucraniano Vladimir Bezugly em imagens online do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO, na {sigla} em inglês), que é dirigido pela NASA e pela Sucursal Espacial Europeia (ESA).

Mais precisamente, ele foi tomado pelo instrumento Solar Wind ANisotropies (Anisotropias do Vento Solar) a bordo da sonda, uma câmera próprio que mapeia o hidrogênio no vento solar. Isso sugere que esse cometa pode ser rico em tal elemento.

Ao longo das horas e dias que se seguiram em seguida a primeira detecção, ele foi confirmado a partir de observações terrestres por diversos astrônomos, entrando para o catálogo do Minor Planet Center (MPC) na segunda, quando recebeu a novidade designação.

O MPC é o órgão solene da União Astronômica Internacional (IAU) responsável por reunir, verificar e propalar todas as observações de pequenos corpos do Sistema Solar – uma vez que asteroides, cometas e quase-luas.

Cometa SWAN R2 tomado pelo Observatório Siding Spring, na Austrália. Crédito: Filipp Romanov

Normalmente, depois que astrônomos definem a trajectória de um cometa com observações adicionais, o MPC atribui uma designação provisória do tipo “C/ano letra-número” – ou “P/ano letra-número”, se for um cometa com período subordinado a 200 anos. Em seguida, o objeto recebe o nome definitivo. Por exemplo: o cometa interestelar 3I/ATLAS, quando detectado, era referido uma vez que A11pl3Z, recebendo em seguida a designação provisória de C/2025 N1 (ATLAS) e, por termo, seu nome solene.

Segundo dados do “Small Body Database” da NASA, trata-se de um cometa de longo período, que completa uma volta ao volta do Sol aproximadamente a cada 22 milénio anos. “As incertezas ainda são grandes, principalmente em relação ao período orbital, mas já é verosímil declarar que esta será a nossa única oportunidade em vida de observar esse objeto, já que ele só voltará a nascer por essas bandas do Sistema Solar quando nenhum de nós estivermos mais por cá”, disse Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Reparo de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Do dedo.

No momento, ele viaja entre as estrelas de fundo da constelação de Virgem, com melhor visibilidade para observadores no Hemisfério Sul. Porquê o objeto ainda está muito perto do Sol, provavelmente tendo concluído de passar pelo periélio (ponto mais próximo da nossa estrela), ainda há certa dificuldade em avistá-lo.

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Atualmente, o cometa C/2025 R2 (SWAN) está próximo da magnitude 6 (tendo triplicado sua luminosidade desde a primeira reparo), e estimativas preliminares apontam que ele poderá atingir magnitude 5.8. 

Quanto menor esse número, mais rútilo é o objeto. Para um corpo etéreo poder ser visto a olho nu, ele deve ter magnitude aquém de 6 (em céus totalmente escuros) ou subordinado a 2 (em céus com poluição luminosa, uma vez que de grandes centros urbanos). 

Cometa SWAN R2 fotografado remotamente do Vale do Rio Hurtado, Chile, a partir da Ucrânia. Crédito: Taras Prystavski / Reprodução X

Isso significa que o novo cometa SWAN R2 está quase podendo ser observado sem a urgência de qualquer instrumento, uma vez que binóculos ou telescópio.

A IAU estima que a aproximação máxima com a Terreno seja por volta de 12 de outubro, quando o objeto deve chegar a 0,25 unidades astronômicas (UA) do planeta – um pouco em torno de 37,5 milhões de km. Mas isso só o tempo dirá, considerando que o comportamento dos cometas costuma ser bastante imprevisível.

Uma imagem do objeto registrada por Mattiazzo no domingo (14) mostra uma rabo de 2,5 graus de comprimento, o que equivale a respeito de cinco luas cheias lado a lado. No entanto, uma vez que uma câmera é mais sensível que o olho humano, é provável que ela não seja tão longa se observada diretamente, sem auxílio de equipamentos ópticos.

Cometa SWAN25B, revelado em 12 de setembro de 2025. Crédito: Michael Mattiazzo/Reprodução Facebook

Porquê observar o objeto no firmamento

Até o termo deste mês, o cometa é visível no firmamento noturno próximo de Marte e Espiga, a estrela mais rútilo de Virgem. Quem quiser observá-lo, a princípio, ainda precisa da ajuda de binóculos ou telescópios de fenda entre 150 e 200 mm. 

Olhe para oeste em seguida o anoitecer, na direção onde o Sol tiver concluído de se pôr, e tente encontrar Marte ou Espiga – ele deverá passar logo aquém desses corpos celestes. Utilizar aplicativos de reparo, uma vez que Stellarium, Star Walk ou Sky Safari, pode facilitar bastante. 


Natividade: Olhar Do dedo

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