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domingo, agosto 17, 2025

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Genoma da gripe espanhola é reconstruído com amostra de 1918

Codificação foi provável graças a uma exemplar úmida fixada em formalina extraída de um paciente de 18 anos falecido em Zurique

Médicos usam máscaras para evitar a gripe no hospital do Tropa dos EUA (Imagem: Everett Collection/Shutterstock)

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Pesquisadores das universidades de Basileia e Zurique, na Suíça, reconstruíram o genoma do vírus responsável pela pandemia de gripe espanhola ocorrida entre 1918 e 1920, a mais mortal da história. Estima-se que entre 20 e 100 milhões de pessoas morreram em todo o mundo durante a crise sanitária.

No entanto, pouco se sabe sobre porquê esse vírus da gripe sofreu mutações e se adaptou ao longo da pandemia – objeto de estudo dos cientistas modernos, que buscaram compreender sua evolução para prevenir novos casos no horizonte.

Esta é a primeira vez que temos chegada a um genoma de um vírus influenza da pandemia de 1918-1920 na Suíça. Isso nos abre novos insights sobre a dinâmica de adaptação do vírus na Europa no início da pandemia.

Verena Schünemann, uma das autoras do estudo, em entrevista ao UZH News.

Hospital de emergência em Tonhalle, em Zurique, durante a pandemia de gripe espanhola (Imagem: UZH/Divulgação)

Porquê foi feita a pesquisa?

A codificação do genoma foi provável graças a uma exemplar úmida fixada em formalina, da Coleção Médica do Instituto de Medicina Evolutiva da Universidade de Zurique. O vírus era proveniente de um paciente de 18 anos submetido a necropsia em julho de 1918.

“Coleções médicas são um registo inestimável para a reconstrução de genomas antigos de vírus de RNA. No entanto, o potencial desses espécimes permanece subutilizado”, afirma Frank Rühli, coautor do estudo.

Os cientistas tiveram de desenvolver um novo método para restaurar fragmentos de RNA antigos, que se degradam muito mais rapidamente do que DNA de adenovírus, causadores de resfriados comuns. A partir daí, o genoma suíço foi comparado com genomas de vírus influenza publicados anteriormente na Alemanha e na América do Setentrião.

Codificação do genoma foi provável graças a uma exemplar úmida fixada em formalina (Imagem: Reprodução)

Leia Mais:

As descobertas…

  • Os pesquisadores descobriram que a cepa suíça já apresentava três adaptações importantes em humanos, que persistiriam na população viral até o termo da pandemia;
  • Duas delas tornaram o vírus mais resistente a um componente antiviral do sistema imunológico humano, facilitando a transmissão de vírus da gripe aviária de animais para humanos;
  • A terceira mutação envolveu uma proteína na membrana do vírus que melhorou sua capacidade de se vincular a receptores em células humanas, tornando o vírus mais resiliente e infeccioso.
Cientistas buscaram compreender evolução do vírus para prevenir novos casos no horizonte (Imagem: Md Ariful Islam/iStock)

“Uma melhor compreensão da dinâmica de adaptação dos vírus aos humanos durante uma pandemia por um longo período nos permite desenvolver modelos para futuras pandemias“, afirma Verena Schünemann.

“Graças à nossa abordagem interdisciplinar, que combina padrões de transmissão histórico-epidemiológicos e genéticos, podemos estabelecer uma base de cálculos baseada em evidências”, acrescenta Kaspar Staub, coautor da investigação.


Colaboração para o Olhar Do dedo

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou porquê editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Do dedo.

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Layse Ventura é jornalista (Uerj), rabi em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência porquê repórter, copywriter e SEO.


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