A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo federalista, Gleisi Hoffmann, criticou o posicionamento de governadores de partidos de direita que, segundo ela, dividem o país e contribuem para o exposição de mediação dos Estados Unidos em países da América Latina.
Para ela, os governadores deveriam se juntar ao governo federalista na teorema de soluções que fortaleçam a segurança pública. Gleisi citou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18, conhecida uma vez que PEC da Segurança Pública, apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso.
“Ao invés de somar forças no combate ao delito organizado, uma vez que propõe a PEC da Segurança enviada pelo presidente Lula ao Congresso, os governadores da direita, vocalizados por Ronaldo Caiado, investem na subdivisão política e querem colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina”, disse a ministra em rede social, nesta sexta-feira.
O presidente dos Estados Unidos já tem feito movimentos militares no hemisfério sul. Ele tem posicionado navios no mar do Caribe, próximo à Venezuela, com o argumento de combater o narcotráfico. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tem alegado, no entanto, que os EUA querem tirá-lo do poder.
Ela comparou esses governadores ao deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos desde março. Ele é denunciado no Brasil de fomentar as sanções comerciais do governo do presidente Donald Trump contra as exportações brasileiras, a emprego da Lei Magnisky e a suspensão de vistos dos ministros da Golpe e integrantes do governo federalista.
“Não conseguem esconder seu libido de entregar o país ao estrangeiro, do mesmo jeito que Eduardo Bolsonaro e sua família de traidores da pátria fizeram com as tarifas e a Magnitsky”, disse.
“Segurança pública é uma questão muito importante, que não pode ser tratada com leviandade e objetivos eleitoreiros. Combater o delito exige lucidez, planejamento e soma de esforços”, completou.
“Consórcio da Silêncio”
Sete governadores anunciaram nesta quinta-feira (30) a geração do Consórcio da Silêncio, um projeto de integração para trocar informações de lucidez, prestar suporte financeiro e de temporário policial no combate ao delito organizado.
Se reuniram no Rio de Janeiro, com o governador Cláudio Castro (PL), os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Eduardo Riedel (Progressistas), do Mato Grosso do Sul; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; e a vice-governadora do Província Federalista, Celina Leão (Progressistas). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou remotamente, por chamada de vídeo.
Todos os governadores presentes elogiaram os resultados da ação policial nos complexos da Penha e do Teutónico. Para Romeu Zema, a operação deve ser “considerada a mais bem-sucedida”. “As forças de segurança do Rio de Janeiro fizeram, no meu entender, uma operação que vai fazer segmento da segurança pública no Brasil”, disse.
A operação resultou na morte de 121 pessoas, sendo quatro policiais militares, inquietação de 93 fuzis e provocou caos na cidade, com interdição de vias. O objetivo principal anunciado previamente era a conquista de Edgar Alves de Andrade, espargido uma vez que Doca, tido uma vez que principal director da partido criminosa Comando Vermelho. No entanto, ele não foi recluso na operação e continua fugido.
PEC da Segurança Pública
A PEC 18, apresentada pelo governo federalista, tem sido criticada por esses mesmos governadores. O grupo defende que o texto tira deles a autonomia sobre as polícias dos estados. “Único objetivo do governo federalista é tirar dos governadores as diretrizes gerais da segurança pública, que é um preceito que a Constituição de 88 nos deu. Querem transferir nossa autonomia e transformar em diretriz universal do Ministério da Justiça. É mediação direta nas polícias dos estados”, afirmou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
A proposta estabelece que a União seja a responsável por elaborar a política vernáculo de segurança pública, “cujas diretrizes serão de observância obrigatória por segmento dos entes federados, ouvido o Juízo Pátrio de Segurança Pública e Resguardo Social, integrado por representantes da União, dos Estados, do Província Federalista e dos Municípios”. O governo federalista tem argumentado que a PEC mantém as autonomias das forças de segurança estaduais e distrital.
Nascente: Filial Brasil
