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sábado, novembro 8, 2025

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Halloween: Cinco histórias aterrorizantes da exploração espacial

Nossos ancestrais distantes viviam em árvores, mas um dia, enfrentaram seus medos e desceram para caminhar sobre a Terreno. Mais tarde, enfrentamos oceanos em grandes navegações e, séculos depois, conquistamos os céus com nossos aviões. Mas nenhuma dessas aventuras se compara ao repto de deixar o planeta. O espaço é o envolvente mais hostil que a humanidade já ousou desafiar — lindo, taciturno… e mortal. Lá fora, qualquer erro, por menor que seja, pode ser o último.

Cada missão espacial exige do astronauta uma psique disposta a encarar o ignoto com frieza e supra de tudo com a coragem e a loucura de quem sabe que, no espaço, o risco não é unicamente uma possibilidade, mas uma certeza. Por isso, neste Halloween, vamos deixar os fantasmas e vampiros descansarem um pouco e relembrar histórias da exploração espacial tão aterrorizantes que fariam o Conde Drácula roer suas unhas. Histórias assustadoramente reais, mas que, felizmente, terminaram muito.

1. O Primeiro Voo de Yuri Gagarin (1961)

Em abril de 1961, o mundo inteiro ficou perplexo ao ouvir a voz de Yuri Gagarin vinda do espaço: “A Terreno é azul!”. Mas a primeira façanha humana fora da Terreno por muito pouco não se tornou uma tragédia. Os riscos eram tão elevados que o governo soviético preparou, previamente, três diferentes comunicados à prensa: um em caso de sucesso e dois caso a missão fracassasse. 

Quase tudo correu muito na primeira metade do voo da Vostok 1. Somente uma falta em um dos foguetes, que levou a espaçonave a uma trajectória 100 km mais elevada do que o planejado. Caso a manobra de retorno falhasse, essa altitude poderia manter Gagarin meses no espaço sem suprimentos suficientes. Mas quando chegou a hora de voltar, aí é que as coisas deram terrivelmente erradas. O desligamento dos retrofoguetes atrasou e a invólucro de retorno não conseguiu se separar do módulo de serviço. A nave começou a vibrar e remoinhar violentamente, sacudindo Gagarin porquê se ele estivesse dentro de uma lavadora de roupas.

Por sorte, o módulo de serviço se desprendeu sem danificar a invólucro, e o primeiro varão no espaço pôde se ejetar a 7 km do solo — quase em segurança. Quando seu paraquedas abriu, um outro, de suplente, também abriu parcialmente, ameaçando transformar nosso herói numa panqueca, caso os dois se enroscassem. 

[ Módulo de descida da Vostok-1, queimada pela reentrada, chegou próximo ao local de pouso de Gagarin. Créditos: Federação Russa ]

Felizmente tudo terminou muito e, mesmo depois de momentos aterrorizantes, Yuri Gagarin fez história ao pousar suavemente em solo russo. 

2. Gemini 8: A rotação da morte (1966)

Cinco anos depois, foi a vez dos americanos Neil Armstrong e David Scott experimentarem a centrifugação em modo turbo. Eles estavam prestes a realizar o primeiro acoplamento entre duas naves no espaço: a Gemini 8 e o módulo Agena. A missão correu perfeitamente muito, até que acoplaram. Juntas, as duas naves começaram a remoinhar lentamente… e depois cada vez mais rápido. Acreditando que o problema estava na Agena, eles decidiram desacoplar, mas foi pior. Um dos propulsores da Gemini havia travado, e ao se separarem, a inércia diminuiu e a rotação acelerou, chegando a uma volta por segundo.

[ Módulo Agena visto a partir da Gemini 8, pouco antes do acoplamento que deu início ao terror em órbita – Créditos: NASA ]

A força centrífuga impedia o sangue de circundar no cérebro e um desmaio ali seria “game over” para os astronautas. Mas no momento mais tenso, Armstrong, insensível porquê um vampiro, usou o sistema de controle de reentrada para estabilizar a nave e salvar suas vidas. A missão foi abortada, mas os dois voltaram em segurança — e a calma que os salvou naquele momento de terror, seria a mesma que, três anos depois, ajudaria Neil Armstrong a pousar na Lua.

3. Soyuz T-13: O resgate da Salyut 7 (1985)

Em junho de 1985 a estação espacial soviética Salyut 7 sofreu uma pane totalidade em trajectória. Sem virilidade, sem informação e sem ninguém à bordo para emendar o problema. Era um zumbi metálico vagando pelo espaço. Temendo  que ela fosse capturada pelos Estados Unidos, os soviéticos enviaram dois cosmonautas, Vladimir Dzhanibekov e Viktor Savinykh, para tentar um resgate. Quando se aproximaram, viram a estação girando descontroladamente. Acoplar com a Salyut nesse estado seria porquê entrar num sege em movimento — enquanto ele capota. Ainda assim, Dzhanibekov conseguiu sincronizar a Soyuz com a rotação da estação espacial e realizar um acoplamento manual perfeito.

[ Soyuz T13 se aproximando da estação espacial Salyut 7 em rotação descontrolada – Créditos: Reprodução STV Film Company ]

Ninguém nunca havia tentado uma manobra porquê aquela, porque era um tanto tão aventuroso, que um movimento inexacto poderia valer um término trágico para a missão. Depois de acoplar e estabilizar a estação espacial, os cosmonautas entraram na Salyut e encontraram temperaturas negativas, negrume totalidade e ar quase irrespirável. Uma vivenda mal-assombrada em trajectória, onde eles trabalharam por meses para restituir a Salyut 7 de volta à vida.

4. Apollo 11: O passo que quase não aconteceu (1969)

Todo mundo lembra da frase: “Um pequeno passo para o varão, um grande salto para a humanidade”, mas pouca gente sabe do risco que essa frase correu de nunca ser dita.

[ Módulo Lunar Eagle pouco depois de se separar do módulo de controle e iniciar a descida até o pouso histórico na Lua – Créditos: NASA ]

Em julho de 1969, enquanto Neil Armstrong e Buzz Aldrin se aproximavam da superfície da Lua, o computador do módulo lunar Eagle começou a apitar loucamente: alarmes indicavam erros de sobrecarga, e o piloto automático levava o módulo para um aventuroso pouso numa cratera. Armstrong assumiu o controle manual, desviou dos rochedos e procurou um lugar projecto, consumindo quase toda suplente de combustível da nave.

Quando finalmente a Águia pousou, restavam unicamente 17 segundos de combustível.

Por pouco, o “pequeno passo” não virou um grande trambolhão — mas a calma de Armstrong transformou o terror daqueles momentos em história.

5. Apollo 13: O inferno a 380 milénio km de vivenda (1970)

Mas sem sombra de incerteza, a história mais aterrorizante da exploração espacial ocorreu em 1970. A Apollo 13, terceira missão tripulada enviada para a Lua corria muito — até que um tanque de oxigênio explodiu. As luzes se apagaram e os sistemas morreram. Pelo rádio os astronautas enviaram uma frase que arrepiou os controladores da missão e entrou para a história: “Houston, we’ve had a problem.”

A tripulação ficou sem virilidade, sem aquecimento e com o oxigênio acabando. O insensível congelava os trajes; o ar tornava-se tóxico. Usaram o módulo lunar porquê bote salva-vidas, improvisaram filtros de ar com fita adesiva, calcularam manualmente o curso e deram a volta na Lua — só para lucrar impulso e retornar para vivenda.

[ Danos no módulo de serviço da Apollo 13 fotografados após a separação, pouco antes do do retorno à Terra – Créditos: NASA ]

Foram quatro dias desafiando a morte no limiar do impossível. E contra todas as probabilidades, voltaram vivos, fazendo da Apollo 13 “o fracasso mais bem-sucedido da história da exploração espacial”.

O dispêndio e a coragem de desafiar o vazio

Essas histórias tiveram finais felizes, mas nem todas tiveram o mesmo direcção. As tragédias da Apollo 1ChallengerColumbia e Soyuz 1 nos lembram o quão frágil é a vida humana além da atmosfera que nos protege, e que cada passo rumo ao espaço tem um dispêndio saliente, muitas vezes, pago com vidas. Mas, assim porquê ocorreu em cada momento em que a humanidade decidiu ir mais longe, essas vidas foram honradas com a persistência e com as conquistas alcançadas com a exploração espacial. 

Explorar o espaço é, antes de tudo, enfrentar o ignoto. Portanto se o Halloween é justamente o dia de encararmos nossos medos, vamos comemorar esses heróis que, diante dos maiores desafios da história, enfrentaram seus fantasmas e ajudaram a levar a humanidade aonde ninguém sonhava chegar.


Nascente: Olhar Do dedo

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