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quarta-feira, dezembro 24, 2025

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Lula critica guerra em Gaza e inércia na criação do Estado palestino

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a perpetuidade da guerra em Gaza e a resistência mundial em produzir um Estado palestino. A enunciação foi dada neste sábado (25), durante a cerimônia de recebimento do título de doutor “Honoris Culpa” em Filosofia e Desenvolvimento Internacional do Sul Global pela Universidade Vernáculo da Malásia, em Putrajaya, capital administrativa da Malásia.

“As comunidades universitárias em todo o mundo têm proeminente suas vozes contra a brutalidade do genocídio em Gaza e contra a inércia moral que impede até hoje que o Estado Palestino seja criado. Quase sempre são os jovens que nos recordam que a silêncio é o valor mais valedouro da humanidade”, discursou.

O presidente Lula afirmou que o aumento de tarifas no negócio entre países não pode ser adotados porquê mecanismos de coerção internacional. “Nações que não se dobram ao colonialismo e à dicotomia da Guerra Fria não se intimidarão diante de ameaças irresponsáveis”, disse, sem mencionar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que aumentou em 50% as tarifas de importação sobre produtos brasileiros, no início de agosto.

Multilateralismo

Ao tutorar o multilateralismo e a premência de mudanças nos organismos internacionais, o presidente Lula destacou o papel do Sul Global no cenário internacional pela justiça e pela superação das desigualdades. 

FRASE PARA DESTAQUE

“A resguardo de uma ordem baseada no diálogo na diplomacia e na paridade soberana das nações está no cerne da proposta brasileira de reforma das Nações Unidas, que sem maior representatividade o Parecer de Segurança seguirá inoperante e incapaz de responder aos desafios do nosso tempo.” 

No campo econômico, o presidente brasílico considera intolerável que os países ricos tenham nove vezes mais poder de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI) do que o Sul Global, termo referente a um grupo de países da América Latina, da Ásia e da África, com histórico de colonialismo e que compartilham desigualdades econômicas e sociais.

Lula acrescentou que o protecionismo e a paralisia da Organização Mundial do Negócio (OMC) impõem uma situação de assimetria insustentável para o Sul Global. “É a hora de interromper os mecanismos que sustentam há séculos o financiamento do mundo desenvolvido às custas das economias emergentes em desenvolvimento.”

Para o mandatário, a estrutura financeira mundial deve direcionar recursos para o desenvolvimento sustentável das nações emergentes. “Não podemos vislumbrar um mundo dissemelhante sem questionar um padrão neoliberal que aprofunda desigualdades: 3 milénio bilionários ganharam U$ 6,5 trilhões, desde 2015. Esta zero supera o PIB nominal atual da Asean [Associação de Nações do Sudeste Asiático] e do Brasil somados.”

Agenda

O presidente Lula permanece na Malásia até a próxima terça-feira (28), quando participa de encontro com empresários da Malásia e da Asean, conjunto que reúne países do Sudeste Asiático. Neste domingo (26), o presidente Lula deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump para buscar uma solução para a questão das tarifas aos produtos brasileiros importados pelos norte-americanos.

Manancial: Sucursal Brasil

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