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sábado, novembro 8, 2025

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Lula critica imaginário racista que persiste no país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da buraco da 5ª Conferência Pátrio de Promoção da Paridade Racial, a Conapir, na noite desta segunda-feira (15), em Brasília.

A lanço vernáculo do evento reúne na capital federalista, até o termo dessa semana, muro de 1,7 milénio delegados, 200 convidados, além de dezenas de observadores e expositores. O encontro não era realizado há sete anos.

Em seu exposição para saudar os participantes, o presidente afirmou que, apesar dos avanços em políticas públicas, mormente as ações afirmativas e inclusão da população negra em programas sociais, o Brasil ainda convive com um “racismo de todos os dias” enfrentado pela população negra.    

“Há um imaginário que insiste em colocar pessoas negras em um único lugar, normalmente no lugar de serviçal, quando não de uma prenúncio.”

Sem fazer citação direta, Lula mencionou o recente caso envolvendo a escritora paulista Lilia Guerra, autora de O Firmamento para os Bastardos. Ela relatou ter sido acusada de furtar um lençol e uma manta de uma pousada dias depois de ter voltado da Sarau Literária Internacional de Paraty (Flip), evento que ocorreu entre 30 de julho e 3 de agosto deste ano.

“Não podemos naturalizar esses absurdos. Não podemos descobrir normal que uma escritora negra, convidada de um festival literário, seja injustamente acusada de furtar objeto da pousada em que se hospedou. É inconcebível que a sociedade brasileira esteja ainda nesse lugar de preconceito e discriminação. É incabível que um ser humano tenha oportunidades limitadas ou esteja sempre sob suspeita por desculpa da cor da pele”, destacou o presidente

Lula ainda criticou a criminalização de jovens negros de periferia, “que continuam a ser alvos preferenciais das forças de repressão”, e defendeu erradicar o racismo no país, que é delito e também uma doença.

Conferência

A lanço vernáculo da 5ª Conapir tem porquê tema Paridade e Democracia: Reparação e Justiça Racial. Durante as discussões, delegadas e delegados participarão de grupos de trabalho, plenárias e de eixos e xirês (roda ou dança, em Yorubá) de discussão.

De harmonia com o Ministério da Paridade Racial, a construção da 5ª Conapir foi feita em etapas e abrangeu todo o país. Além de conferências municipais e estaduais, houve uma lanço do dedo que recebeu contribuições pela plataforma Brasil Participativo e etapas livres, muito porquê plenárias temáticas. Essas plenárias discutiram propostas e elegeram delegados a partir dos segmentos quilombolas, ciganos, indígenas e povos de terreiro, além de mulheres, população LGBTQIA+ e juventude negras.

“A gente sabe que só se constrói política pública de qualidade com o povo e na coletividade”, afirmou a ministra da Paridade Racial, Anielle Franco, durante a cerimônia de buraco.

Além do presidente e da ministra, outras autoridades do governo federalista e lideranças da sociedade social compareceram ao evento, no Meio de Convenções Ulysses Guimarães.

“Se vocês não persistissem, não acreditassem no que vocês sonham, possivelmente a gente não teria feito esta conferência com esta dimensão, porque passamos sete anos com governo que não pensou em fazer uma conferência para ouvir as mulheres e os homens negros deste país”, lembrou Lula, em seu exposição.

O presidente ainda fez questão de ressaltar o peso institucional que as conferências têm na formulação das políticas públicas de seu governo.

“A participação social é a segmento principal do nosso modo de governar e erigir políticas públicas. Seremos tanto mais assertivos quanto mais considerarmos os anseios, as propostas e as prioridades daqueles e daquelas para os quais as políticas se destinam.” 

 


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