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quarta-feira, setembro 3, 2025

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Lula exalta “maior operação contra o crime organizado da história”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quinta-feira (28) a deflagração de uma série de operações policiais que investigam a atuação de grupos criminosos na ergástulo produtiva de combustíveis para lavagem de numerário oriundo de facções do narcotráfico.

“A população em todo o país assistiu hoje à maior resposta do Estado brasílio ao delito organizado de nossa história até cá. Em atuações coordenadas que envolveram Polícia Federalista, Receita Federalista e Ministérios Públicos estaduais, foram deflagradas três operações simultâneas nos setores financeiro e de combustíveis, envolvendo 10 estados”, enumerou o presidente, em uma postagem nas redes sociais.

Lula enalteceu o trabalho integrado, iniciado com a geração, no Ministério da Justiça, do Núcleo de Combate ao Transgressão Organizado. “Permitiu seguir toda a ergástulo e atingir o núcleo financeiro que sustenta essas práticas”, observou o presidente.

“Nosso compromisso é proteger cidadãos e consumidores: trinchar o fluxo de numerário ilícito, restaurar recursos para os cofres públicos e prometer um mercado de combustíveis justo e transparente, com qualidade e concorrência leal. Seguiremos atuando com coordenação e seriedade para dar segurança às pessoas e firmeza à economia”, prosseguiu o presidente.

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Operações em curso

De pacto com a PF, as ações policiais em ao menos duas operações, embora distintas, objetivam desarticular “esquemas de lavagem de numerário, com grande impacto financeiro”. As investigações apuraram um sofisticado esquema que utilizava fundos de investimento para ocultar patrimônio de origem ilícita, com indícios de relação com facções criminosas.

Estão sendo cumpridos, no contextura da Operação Quasar, 12 mandados de procura e inquietação no estado de São Paulo: na capital paulista e nas cidades de Campinas e Ribeirão Preto.

A Justiça Federalista autorizou o sequestro de fundos de investimento dos investigados, além do bloqueio de bens e valores até o limite de tapume de R$ 1,2 bilhão, valor correspondente às autuações fiscais já realizadas. Também foi determinado o retraimento dos sigilos bancário e fiscal de pessoas físicas e jurídicas investigadas.

Policiais federais também cumprem desde cedo mandados judiciais contra integrantes de uma das “maiores redes de lavagem de numerário já identificadas no estado do Paraná”. Segundo a PF, a organização criminosa investigada na Operação Tank atuava desde 2019 e pode ter lavado pelo menos R$ 600 milhões. “Movimentando mais de R$ 23 bilhões por meio de uma rede composta por centenas de empresas, incluindo postos de combustíveis, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Médio.”

Os criminosos utilizavam diversos artifícios para ocultar a origem dos recursos. De pacto com as investigações, eles faziam uso de depósitos fracionados, que ultrapassaram R$ 594 milhões. Isso era feito por meio de “laranjas, transações cruzadas, repasses sem lastro fiscal, fraudes contábeis e simulação de obtenção de bens e serviços”.

O trabalho investigativo constatou também fraudes na comercialização de combustíveis, entre elas “adulteração de gasolina e a chamada ‘petardo baixa’, em que o volume provido é subordinado ao indicado. Pelo menos 46 postos de combustíveis em Curitiba estavam envolvidos nessas práticas”.

Os agentes cumprem 14 mandados de prisão e 42 de procura e inquietação nos estados do Paraná, de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Foram bloqueados bens e valores de 41 pessoas físicas e 255 jurídicas, totalizando uma constrição patrimonial superior a R$ 1 bilhão.”

Manancial: Escritório Brasil

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