O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou “estarrecido” com o número de mortos na Operação Contenção, no Rio de Janeiro, que deixou mais de 100 mortos.
“O presidente ficou estarrecido com o número de ocorrências fatais que se registaram no Rio de Janeiro”, disse Lewandowski em entrevista coletiva, no Palácio da Alvorada.
O ministro reuniu-se nesta quarta-feira (29) com Lula e depois embarcou para encontro com o governador Claudio Castro, na capital fluminense.
“[Lula] também, de certa maneira, se mostrou surpreso que uma operação desta envergadura fosse desencadeada sem conhecimento do governo federalista, sem nenhuma possibilidade do governo federalista poder de alguma forma participar com os recursos que têm, sobretudo com informações, com pedestal logístico”, afirmou o ministro.
Para o ministro, a operação das forças policiais do Rio de Janeiro foi “extremamente violenta”.
“E vamos pensar se esse tipo de ação é patível com o Estado Democrático de Recta que nos rege a todos a partir do vinda da Constituição de 88”, argumentou.
>> Siga o via da Sucursal Brasil no WhatsApp
Segundo ele, diante da “magnitude do problema”, o presidente determinou que a equipe converse com Castro para identificar as necessidades do estado e de que forma o governo federalista pode contribuir.
“Vamos procurar minimizar o sofrimento do povo, estribar as forças de segurança e intensificar naquilo que for verosímil o combate às organizações criminosas”, disse.
Em entrevista nesta quarta-feira, Cláudio Castro classificou a operação policial uma vez que um “sucesso”. Segundo ele, as únicas vítimas dos confrontos foram os policiais mortos. O governador disse que o estado é o epicentro do problema da segurança pública que “assola o Brasil”.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública já atendeu ao pedido de Castro para transferência de 10 detentos para presídios federais que teriam liderado, de dentro da enxovia, as ações de retaliação à operação, que culminaram com o caos na cidade.
Identificação dos corpos
De conformidade com Lewandowski, de repentino, o governo enviará peritos criminais e médicos legistas, da Polícia Federalista e da Força Vernáculo, para a identificação dos corpos.
“Temos um banco de dados de DNA, de balística, muito muito operado pela Polícia Federalista, para elucidar os crimes, para identificarmos os mortos, para sabermos se são pessoas ligadas às organizações criminosas ou não”, disse.
Ou por outra, ele afirmou que é verosímil aumentar os contingentes da Força Vernáculo, que já atuam no estado desde 2023, da PF e da Polícia Rodoviária Federalista.
Garantia da Lei e da Ordem
Sobre a possibilidade de decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Lewandowski afirmou que é uma decisão do presidente da República, a partir de um pedido formal do governador do estado. A medida permite o envio das Forças Armadas para atuar na segurança pública em situações excepcionais.
A última GLO foi decretada por Lula em novembro do ano pretérito, para prometer a segurança das comitivas que participaram da cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
O ministro disse que a hipótese de GLO não foi discutida durante a reunião de hoje com o presidente Lula. “Essa maneira violenta de mourejar com o violação organizado já foi tentada muitas vezes”, disse, ao proteger, novamente, o trabalho de perceptibilidade.
“O violação organizado, hoje, está altamente sofisticado e nós acreditamos, ao nível do governo federalista, que não basta força bruta, força física. O enfrentamento se faz com perceptibilidade, com planejamento e com coordenação de ações das diversas forças. É isso que nós pretendemos, inclusive, com a PEC da Segurança Pública que está sendo examinada pelo Congresso Vernáculo”, destacou.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública foi entregue em abril à Câmara dos Deputados, pelo Ministério da Justiça. A proposta prevê, entre outras medidas, uma maior integração entre a União e os entes federados e dar respaldo constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado por lei ordinária em 2018.
Natividade: Sucursal Brasil
