O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera nesta terça-feira (26) a segunda reunião ministerial de 2025. Ao reportar a atual política dos Estados Unidos, de vangloriar as tarifas contra parceiros comerciais, ele afirmou que o Brasil não aceitará “desaforo, ofensas e petulância de ninguém”. Lula orientou seus ministros a defenderem a soberania do país em seus discursos públicos.
Para ele, as decisões do presidente estadunidense, Donald Trump, são descabidas. Ainda assim, o governo brasílio segue à disposição para negociar as questões comerciais.
“Estamos dispostos a sentar na mesa em paridade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados porquê se fossemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém. É importante saber que o nosso compromisso é com o povo brasílio”, disse Lula.
“É importante que cada ministro, nas falas que fizerem daqui para frente, façam questão de retratar a soberania desse país. Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro, mas não aceitamos desaforo e ofensas, petulância de ninguém. Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria reino. A gente não quer mais. A gente quer esse país democrático e soberano, republicano”, acrescentou.
Lula coordena, nesta terça-feira (26), a segunda reunião ministerial do ano, no Palácio do Planalto. A fala inicial do presidente foi transmitida ao vivo pelo Via Gov e pelas redes sociais, seguida de um balanço das ações do governo, apresentado pelo ministro da Morada Social, Rui Costa.
Exportações
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Negócio e Serviços, Geraldo Alckmin, que está avante das negociações sobre o tarifaço, também apresentou números atualizados sobre o impacto das medidas no transacção brasílio. Segundo ele, 35,6% de tudo que é exportado pelo Brasil ao país norte-americano estão sob uma tarifa de 50%.
O tarifaço imposto ao Brasil faz secção da novidade política da Morada Branca, inaugurada pelo presidente Donald Trump, de vangloriar as tarifas contra parceiros comerciais na tentativa de virar a relativa perda de competitividade da economia dos Estados Unidos para a China nas últimas décadas. No dia 2 de abril, Trump impôs barreiras alfandegárias a países de pacto com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada pátria. Porquê os EUA têm superávit com o Brasil, na ocasião, foi imposta a taxa mais baixa, de 10%.
Porém, em 6 de agosto, Trump aplicou uma tarifa suplementar de 40% contra o Brasil em retaliação a decisões que, segundo ele, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado de liderar uma tentativa de golpe de Estado depois perder as eleições de 2022.
Aliás, Alckmin explicou que 23,2% das exportações ao país norte-americano são taxados de pacto com a Seção 232 da Lei de Expansão Mercantil norte-americana, que é aplicada a todos os países, com exceção do Reino Uno. Para aço, alumínio e cobre, por exemplo, a tarifa é de 50%; automóveis e auto-peças são taxados em 25%.
O restante dos 41,3% de produtos exportados aos EUA tem uma tarifa de 10%.
Manancial: Dependência Brasil
