Nos últimos meses, Lauro de Freitas deixou de movimentar mais de R$ 170 milhões em sua economia local. O motivo? A demissão de centenas de trabalhadores que estavam empregados na estrutura da própria prefeitura. Esse corte de vínculos impactou diretamente a renda de muitas famílias e afetou o comércio da cidade, que sente os efeitos da retração no consumo.
A prefeita Débora Régis, ao ser questionada por um blogueiro local sobre a falta de novas contratações públicas, respondeu durante evento na “Fila Zero” da prefeitura que a nova prioridade é capacitar e encaminhar os moradores para vagas na iniciativa privada.
Segundo ela:
“Iniciamos um programa com o objetivo de capacitar os munícipes, para que possamos intermediar a mão de obra junto às empresas, entregando profissionais já preparados. A intenção é reduzir ainda mais o desemprego em nosso município.”
Apesar do discurso, o que se percebe é que o poder público deixou de assumir seu papel como gerador de emprego direto, especialmente em um momento em que o desemprego ainda assombra muitas famílias.
A estratégia de atrair empresas é válida e necessária , mas até que ponto ela substitui o papel social da prefeitura como empregadora?
Quantas dessas capacitações de fato resultam em vagas reais?
E enquanto as empresas não chegam, quem socorre o povo sem renda?
A mudança de postura da gestão é evidente: a prefeita não quer mais empregar diretamente pela prefeitura. O problema é que a conta dessa decisão já chegou para o povo, e o buraco deixado na economia local é de mais de R$ 170 milhões.