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quarta-feira, dezembro 24, 2025

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Metanol do crime organizado pode ter relação com intoxicações em SP

Em entrevista à TV Brasil nesta segunda-feira (29), o diretor de informação da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) Rodolpho Heck Ramazzinio disse que o metanol importado pelo delito organizado para adulterar combustíveis pode ter sido redirecionado para distribuidoras clandestinas de bebidas, o que explicaria os casos recentes de intoxicação no estado de São Paulo.

Segundo Ramazzinio, oriente redirecionamento ocorreu principalmente posteriormente a Operação Carbono Oculto, da Receita Federalista e órgãos parceiros, que desmantelou, no final de agosto, um esquema de fraudes, lavagem de numerário e falsificação no setor de combustíveis.

“Você tem as empresas interditadas, a transportadora dos caras, do PCC, fica paragem [em razão da operação Carbono]. Os tanques, que não estavam dentro dos pátios dessas empresas começam a ser desovados em outras empresas. Eles começam a vender isso para empresa química, começam a vender isso também para destilarias clandestinas. Os caras fazem isso para lucrar volume, lucrar a graduação, eles não estão nem aí com a saúde de ninguém”, disse.

De concordância com o Anuário da Falsificação da ABCF 2025, o setor de bebidas foi o mais prejudicado pelo mercado proibido em 2024, com perdas estimadas em R$ 88 bilhões: R$ 29 bilhões em sonegação de tributos e R$ 59 bilhões de perdas de faturamento das indústrias legalizadas.

A operação Carbono Oculto atingiu muro de milénio postos de combustíveis vinculados ao grupo criminoso, que movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.

Segundo a Receita Federalista, o metanol importado supostamente para outros fins era desviado para uso na fabricação de gasolina adulterada.

Balanço

De concordância com o governo do estado de São Paulo, desde junho deste ano, foram confirmados seis casos de intoxicação por metanol com suspeita de consumo de bebida adulterada.

Atualmente, dez casos estão sob investigação, dos quais três resultaram em óbito – um varão de 58 anos em São Bernardo do Campo, um varão de 54 anos na capital paulista e o terceiro, de 45 anos, ainda sem residência identificada.

Recomendação

O CVS reforça que o consumo de bebidas alcoólicas de origem clandestina ou sem proveniência confiável representa risco à saúde, já que podem sustar substâncias tóxicas.

“A recomendação do CVS é que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à proveniência dos produtos oferecidos, e que a população adquira somente bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando opções de origem duvidosa e prevenindo casos de intoxicação que podem colocar a vida em risco”.

Nascente: Filial Brasil

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