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quinta-feira, setembro 4, 2025

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Mino Carta foi o maior jornalista brasileiro, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (2) que, com a morte de Mino Missiva, nesta madrugada, o Brasil perdeu seu melhor jornalista. Lula deixou a capital federalista principalmente para participar do velório de Mino, que ocorreu no Cemitério São Paulo, no bairro de Pinheiros, na capital paulista. 

“É importante que a juventude saiba, se tem uma coisa que o Mino Missiva é, é que ele é inegavelmente o melhor jornalista brasílico de todo o século 20 e do prelúdios do século 21”, disse o presidente em seguida comparecer ao velório. 

“Eu fiz questão de vir cá porque é a despedida de um grande companheiro. E você sabe que a gente não escolhe irmão. A gente não escolhe nem pai, nem mãe. Agora, companheiro, a gente escolhe. E o Mino Missiva foi um rostro escolhido para ser meu companheiro nesses últimos 50 anos”, acrescentou o presidente.

Lula enumerou veículos de prelo criados por Mino, porquê as revistas Veja e Missiva Capital. “Veja no Brasil se tem alguém que chega perto do Mino Missiva do ponto de vista de fabricar”, destacou Lula. 

O presidente lembrou da atitude de Mino quando o estampou na cobertura da Revista IstoÉ em 1978 – a primeira vez que Lula foi manchete principal de um grande veículo de prelo, com o título Lula e os Trabalhadores do Brasil

“Foi  gentileza do Mino Missiva ter a disposição, em um momento importante do recomeço da luta dos trabalhadores, em fazer uma cobertura na IstoÉ que me ajudou e me colocou no cenário brasílico da prelo”, disse.

Indignação permanente

Também presente no velório, o jornalista Juca Kfouri lembrou de características marcantes de Mino, porquê a indignação permanente e o sangue latino. “Mino Missiva era fundamentalmente uma pessoa permanentemente indignada. Às vezes, exageradamente indignada. Não tinha meio-termo com o Mino Missiva. O sangue italiano subia com muita frequência”. 

“Ele nunca se omitiu, nunca se submeteu, inventou os próprios empregos a partir de um determinado momento, porque ele era uma pessoa absolutamente intransigente com os princípios dele. Não se pode pensar em ortografar a história da prelo brasileira sem que haja um capítulo especialíssimo só devotado a Mino Missiva”, acrescentou.

Personalidade rígida

A filha de Mino Missiva, Manuela Missiva, ressaltou que a história do pai se confunde com a do jornalismo contemporâneo brasílico e lembrou da personalidade rígida do jornalista no trabalho. 

“Ele era completamente irreduzível [em suas convicções]. Eu briguei com ele inúmeras vezes. Pai, vamos poupar isso cá, vamos maneirar aquilo ali. Nossa, dava barraco mal-parecido, todo mundo achava que aquilo não era uma redação, era uma trattoria. Uma trattoria napolitana. Mas, no término, a gente se divertia”, conta.

Manuela disse ainda que o pai não conseguiu ver o país da maneira porquê ele havia imaginado. 

“No fundo, eu acho que o Mino não viu o Brasil que ele imaginou. Acho que aquilo que ele pensou que daria claro não deu porquê ele achava que podia ter oferecido. Ele tinha problemas com a escol, ele tinha problemas com o próprio Lula, eventualmente. Lula que é colega dele, que se gostam muito, mas ele era um crítico de muitas coisas do próprio governo Lula”.

*Colaborou Wagner Júnior, da TV Brasil

Manancial: Filial Brasil

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