Ainda sob rescaldo do motim que paralisou o trabalho do Congresso Pátrio por tapume de 36 horas na semana passada, a Câmara dos Deputados pretende definir a taxa de votações para as próximas sessões. Na terça-feira (12), o presidente da Moradia, Hugo Motta, reúne-se com os líderes partidários para fechar as próximas votações.
Os parlamentares da base aliada querem aproveitar a reunião para pautar a votação, em plenário, do projeto de lei que aumenta a fita de isenção o Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 milénio mensais, reduz parcialmente o tributo para quem ganha até R$ 7 milénio e aumenta a cobrança para quem recebe mais de R$ 600 milénio. Em julho, a proposta foi aprovada em votação simbólica pela percentagem privativo da Câmara.
Havia a possibilidade de o plenário da Câmara votar o projeto na semana passada, mas a ocupação da Mesa Diretora por parlamentares oposicionistas paralisou os trabalhos da Moradia. Eles protestavam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e pediam anistia universal para os condenados pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro.
Horas em seguida a desocupação do plenário, Motta negou que a retomada do controle das atividades na Câmara tenha sido condicionada a uma eventual votação da anistia.
“A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique muito simples. As matérias [jornalísticas] que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não está vinculada a nenhuma taxa. O presidente da Câmara não negocia suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”, disse Motta.
Na sexta-feira (8) à noite, Motta encaminhou as denúncias contra parlamentares para a Corregedoria da Câmara. O presidente da Câmara aguardará um parecer do corregedor, deputado Diego Coronel (PSD-BA), antes de mandar as representações para o Juízo de Moral da Moradia. A desfecho da estudo das imagens está prevista para quarta-feira (13).
Nascente: Dependência Brasil
