Documento interno da SpaceX obtido pelo Politico revela que primeiro pouso tripulado com Starship só seria provável em setembro de 2028, um ano depois meta solene da escritório espacial
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A NASA enfrenta a possibilidade real de prolongar em mais de um ano o retorno de astronautas à superfície lunar devido a atrasos no desenvolvimento da Starship, a nave da SpaceX contratada para o pouso da missão Artemis 3. Enquanto a escritório espacial mantém publicamente a meta de 2027 para o lançamento, um cronograma interno da SpaceX obtido pelo site Politico indica que a primeira missão tripulada à Lua só ocorreria em setembro de 2028.
O documento revela que a SpaceX planeja realizar a primeira prova sátira de reabastecimento orbital entre naves Starship unicamente em junho de 2026, seguida por um pouso lunar não tripulado em junho de 2027. Esses marcos são considerados essenciais antes de qualquer tentativa de missão com astronautas. A empresa deve apresentar um “cronograma rabi integrado” à NASA em dezembro, reconhecendo que suas projeções estão fora do contrato original.
2025 não foi um ano fácil para a Starship
O desenvolvimento do sistema Starship enfrentou obstáculos significativos em 2025. Dos cinco lançamentos realizados nascente ano, os três primeiros resultaram na perda do estágio superior da nave. Unicamente os dois últimos voos – da versão “Block 2” – demonstraram com sucesso capacidades críticas, incluindo pousos suaves no oceano.
A SpaceX precisa dominar tecnologias nunca antes tentadas em graduação orbital, particularmente o reabastecimento criogênico no espaço. Para a missão lunar, a Starship precisará ser reabastecida até 12 vezes antes de partir para a Lua – um processo multíplice que ainda não foi demonstrado.
Caso confirmado o protelação, o pausa entre a Artemis 2 (primeira missão tripulada à trajectória lunar, prevista para fevereiro de 2026) e a Artemis 3 seria superior a dois anos. Em contraste, o programa Apollo da dez de 1960 lançava missões a cada 4,5 meses em média durante seu período mais produtivo.
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Apesar dos desafios, a SpaceX alcançou progressos notáveis, incluindo a recuperação bem-sucedida do foguete Super Heavy usando os braços mecânicos da torre de lançamento – técnica inédita na história espacial.
A NASA ainda aguarda a apresentação formal do cronograma revisado pela SpaceX em dezembro. A reutilização completa do sistema – objetivo final da SpaceX – não é necessário para a missão lunar, mas a escritório espacial americana depende da capacidade do foguete de chegar até a Lua.
Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Do dedo.
Natividade: Olhar Do dedo
