Equipes de resgate chinesas correm contra o tempo para localizar e salvar trilheiros e alpinistas surpreendidos por uma violenta nevasca nas encostas do Monte Everest, no lado tibetano da serra. De pacto com a mídia estatal, centenas de moradores e socorristas foram mobilizados para desobstruir estradas e trilhas bloqueadas pela neve supra dos 4.900 metros de altitude.
A tempestade, que começou na noite de sexta-feira (3) e se intensificou durante o término de semana, pegou de surpresa grupos que aproveitavam o feriado vernáculo chinês, a “Semana Dourada”, para explorar a região. Até o domingo (5) à noite, muro de 350 pessoas já haviam sido resgatadas e levadas em segurança para a cidade de Qudang. Nesta segunda-feira, as autoridades anunciaram ter estabelecido contato com aproximadamente 200 pessoas que permaneciam isoladas em acampamentos de subida altitude.
Presos na neve
De pacto com a Reuters, relatos de sobreviventes ilustram o pavor da situação. Uma integrante de um grupo que partiu de Qudang no dia 4 de outubro descreveu condições que se deterioraram rapidamente, com ventos fortes, trovões e neve contínua durante a madrugada. Ao amanhecer, o acúmulo de neve já ultrapassava um metro, forçando a decisão de recuar. Durante a descida, o grupo encontrou moradores tibetanos subindo a serra com suprimentos para facilitar as operações de resgate.
A força-tarefa de emergência inclui organizações locais, uma vez que a equipe tibetana Blue Sky, que recebeu chamados relatando tendas destruídas pelo peso da neve e casos de hipotermia entre os excursionistas. Em resposta, as autoridades do Condado de Tingri suspenderam a venda de ingressos e o entrada à espaço turística do Everest. Os resgatados vêm recebendo vitualhas, abrigo e assistência médica, enquanto as condições climáticas permanecem instáveis.
Sítio tem recorde de visitantes
O incidente ocorre em um dos destinos montanhosos mais populares da China. Em 2024, a espaço cênica do Everest registrou um recorde de 540,2 milénio visitantes, um fluxo impulsionado por pesados investimentos em infraestrutura turística. Embora a maioria não pretenda escalar até o cume, a popularidade crescente da região, combinada com mudanças climáticas bruscas típicas de grandes altitudes, tem aumentado os desafios de segurança.
Leia mais:
As condições climáticas severas não são um problema restrito do lado chinês do Himalaia. No Nepal, fortes chuvas provocaram deslizamentos de terreno e inundações repentinas, que destruíram pontes e causaram pelo menos 47 mortes. Paralelamente, na China, a passagem do tufão Matmo forçou a evacuação de muro de 150 milénio pessoas em regiões costeiras, evidenciando um cenário mais espaçoso de eventos climáticos extremos na Ásia.
Obter informações independentes sobre a Região Autônoma do Tibete, no entanto, permanece um repto. A ingresso de estrangeiros exige autorização próprio, e o entrada de jornalistas é restrito, ocorrendo majoritariamente em visitas oficiais supervisionadas. Em situações de crise, o controle sobre o fluxo de informações tende a se tornar ainda mais rigoroso. Apesar disso, os canais estatais têm divulgado atualizações regulares sobre as operações e orientado visitantes a evitar a espaço até a normalização do tempo.
Enquanto a neve dá trégua e as trilhas começam a ser reabertas, a prioridade das autoridades é concluir a evacuação segura de todos os isolados. O incidente, atípico para o mês de outubro, deve estugar a reavaliação dos protocolos de previsão do tempo e de resposta a emergências em subida serra — lições urgentes em uma temporada que fugiu completamente ao esperado.
Natividade: Olhar Do dedo
