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domingo, agosto 17, 2025

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Novo estudo revoluciona a genética com transplante de comportamento

Em um feito científico inovador, pesquisadores conseguiram transferir um comportamento multíplice de namoro entre duas espécies diferentes de moscas-das-frutas, alterando o cérebro de uma delas para que fizesse um tanto que nunca tinha feito antes. É a primeira vez que um comportamento totalmente novo é transferido geneticamente entre animais.

A chave genética para um novo “linguagem do paixão”

Cientistas da Universidade de Nagoya, no Japão, fizeram essa façanha usando um único gene, chamado Fruitless (Fru). Esse gene age porquê uma chave que pode gerar novas conexões no cérebro. Com essa chave, eles conseguiram transferir o comportamento de cortejo da Drosophila subobscura, que oferece comida de presente, para a D. melanogaster, que costuma atrair as parceiras com quina.

Essa pesquisa é o resultado de quase dez anos de trabalho. Um estudo anterior já tinha mostrado que o gene Fru era importante para o namoro das moscas, mas eles descobriram que ele controlava comportamentos muito diferentes em cada espécie.

Cientistas transplantaram comportamento entre espécies de moscas. (Imagem mayNakorn / shutterstock)

Um feito inédito na ciência do comportamento:

  • Feito inédito: Cientistas mexem em um único gene para passar um comportamento de namoro.
  • Moscas porquê padrão: O estudo usou duas espécies diferentes: Drosophila subobscura e D. melanogaster.
  • De trovar a dar presentes: Moscas que cantavam para atrair parceiras passaram a oferecer comida, um ritual da outra espécie.
  • Implicações futuras: A invenção ajuda a entender porquê os comportamentos são controlados pelos nossos genes.

Leia mais:

Revertendo milhões de anos de evolução

Desta vez, os pesquisadores foram além. Eles usaram a genética para fazer com que os machos de D. melanogaster – espécies que se separaram evolutivamente há 35 milhões de anos – se tornassem “doadores de presentes” em vez de “cantores”. Essa mudança, de certa forma, “voltou no tempo” na evolução. Eles ativaram o gene Fru nos neurônios (as células do cérebro) das moscas cantoras e, com isso, criaram novas “ligações” no cérebro delas, que passaram a realizar o ritual de dar presentes.

O mais notável é que essa mudança aconteceu sem que as moscas tivessem que aprender ou reproduzir o comportamento. O que foi causado pela novidade “fiação” do cérebro.

Moscas se tornassem “doadoras de presentes” em vez de “cantoras”. (Imagem: nechaevkon/Shutterstock)

O que isso significa para o horizonte?

Essa pesquisa mostra que alguns comportamentos podem estar “escondidos” ou “adormecidos” na genética de um bicho. Ativar o gene claro pode despertar esses comportamentos, mesmo que sejam completamente estranhos à espécie.

Yusuke Hara, um dos principais autores, explica que a evolução de novos comportamentos não exige o surgimento de neurônios novos. Basta uma pequena mudança genética para que alguns neurônios já existentes se “religuem” de forma dissemelhante, gerando novos comportamentos e contribuindo para a multiplicidade das espécies.

Os pesquisadores explicam que a evolução de novos comportamentos não exige o surgimento de neurônios novos. (Imagem: Corona Borealis Studio/Shutterstock)

O cientistas dizem que mesmo que o estudo seja em moscas, que têm tapume de 60% dos genes parecidos com os dos humanos, não há intensão de aplicá-lo em pessoas . No entanto, o trabalho prova que é provável ativar comportamentos totalmente novos ao mudar a “fiação” do cérebro. A desenlace é que alguns de nossos comportamentos estão adormecidos em nossa biologia, esperando o “interruptor” molecular claro para os vincular.

Natividade: Olhar Do dedo

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