A medicina está repleta de casos que parecem desafiar a lógica. Entre eles, um fenômeno vasqueiro, mas que labareda a atenção de médicos e do público em universal, é a síndrome de Lázaro.
O nome faz referência à figura bíblica que, segundo o relato do Evangelho, voltou à vida posteriormente quatro dias morto. Na prática médica, a síndrome descreve situações em que pacientes que foram considerados mortos, posteriormente paragem cardíaca e tentativas de ressuscitação mal-sucedidas, apresentam retorno natural da circulação.
Apesar de parecer um “milagre”, o fenômeno tem explicações científicas e está documentado em dezenas de casos pelo mundo. Mas, por sua raridade, ainda gera debates, dúvidas e até patente impacto emocional em equipes médicas e familiares.
Vamos explicar de forma clara o que é a síndrome de Lázaro, por que ela ocorre, porquê os médicos lidam com ela e o que a ciência já descobriu até hoje sobre essa requisito intrigante.
O que é a síndrome de Lázaro?
A síndrome de Lázaro é um fenômeno médico extremamente vasqueiro, caracterizado pelo retorno natural da circulação sanguínea (ROSC – Return of Spontaneous Circulation) em pacientes que tiveram uma paragem cardíaca e não responderam às manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
Ou seja, mesmo depois de o paciente ser enunciado clinicamente morto, o coração pode voltar a escadeirar por conta própria, minutos posteriormente o termo das tentativas de reanimação. O fenômeno foi descrito pela primeira vez em 1982, e desde portanto unicamente algumas dezenas de casos foram relatados em estudos científicos.
Esse retorno inesperado costuma intercorrer dentro de um período de 10 minutos posteriormente a interrupção da RCP, embora existam relatos em que o coração voltou a funcionar até 30 minutos depois.
Origem do nome
O termo foi inspirado na narrativa bíblica de Lázaro de Betânia, que, segundo o Evangelho de João, foi ressuscitado por Jesus quatro dias posteriormente a morte. Embora o contexto seja religioso, a medicina adotou o nome para ilustrar esse fenômeno em que alguém aparentemente “retorna à vida”.
É importante sobresair que, na medicina, não há qualquer relação sobrenatural: a explicação está relacionada a processos fisiológicos complexos que, em situações muito específicas, podem levar ao retorno da circulação.
Por que a síndrome de Lázaro ocorre?
Apesar de ainda não possuir consenso definitivo, existem hipóteses médicas que ajudam a explicar o fenômeno. As principais causas levantadas são:
1. Pressão intratorácica
Durante as manobras de ressuscitação, o ar insuflado pode aumentar demais a pressão dentro do tórax, comprimindo o coração e impedindo o retorno venoso adequado. Quando a ventilação é interrompida, a pressão diminui e o sangue consegue fluir novamente, permitindo que o coração volte a escadeirar.
2. Efeitos retardados de medicamentos
Durante uma reanimação, medicamentos porquê adrenalina e atropina são administrados. Em alguns casos, pode possuir um delonga na absorvência ou no efeito dessas drogas, que só se manifestam minutos depois, resultando no retorno da atividade cardíaca.
3. Acidose metabólica
A paragem cardíaca leva ao acúmulo de ácido láctico no organização. Em alguns casos, essa requisito pode se virar gradualmente, permitindo que o coração recupere seu ritmo espontaneamente posteriormente alguns minutos.
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4. Hipotermia
A baixa temperatura corporal pode desacelerar os processos metabólicos, protegendo órgãos vitais. Pacientes em hipotermia grave já foram considerados mortos, mas apresentaram sinais de vida posteriormente.
5. Retardo na meio elétrica
O coração depende de estímulos elétricos para contrair. Alguns especialistas acreditam que pode possuir um retardo ou bloqueio momentâneo na meio elétrica que, ao se regularizar, permite que o órgão volte a funcionar.
Casos documentados da síndrome de Lázaro
Desde a primeira descrição em 1982, a literatura médica registrou mais de 60 casos confirmados. Alguns chamaram atenção mundial:
- 1993 – EUA: paciente voltou a apresentar batimentos cardíacos 10 minutos posteriormente a interrupção da RCP;
- 2007 – Reino Uno: uma mulher de 23 anos foi declarada morta posteriormente paragem cardíaca; 10 minutos depois, o coração voltou a escadeirar;
- 2014 – Polônia: um varão de 91 anos foi enunciado morto, mas algumas horas depois acordou no necrotério. Esse caso, no entanto, está mais relacionado à hipotermia do que à síndrome de Lázaro em si.
Apesar de impressionantes, esses casos reforçam a influência de protocolos médicos rigorosos antes de declarar um óbito.
A raridade do fenômeno não diminui sua relevância. Por isso, médicos passaram a adotar algumas recomendações:
- Monitoramento posteriormente o termo da RCP: recomenda-se observar o paciente por pelo menos 10 minutos antes de declarar a morte, para prometer que não haja retorno natural da circulação;
- Eletrocardiograma contínuo: manter o monitor ligado ajuda a registrar qualquer atividade elétrica que possa surgir no coração posteriormente a suspensão das manobras;
- Controle da ventilação: evitar hiperinflação pulmonar durante a ressuscitação, reduzindo o risco de pressão intratorácica elevada.
Essas medidas buscam reduzir a possibilidade de diagnósticos equivocados e prometer que todos os recursos tenham sido aplicados.
Síndrome de Lázaro é o mesmo que catalepsia?
Não. A catalepsia é uma requisito neurológica em que o corpo entra em um estado de rigidez e imobilidade, muitas vezes confundida com morte em relatos históricos. Já a síndrome de Lázaro está diretamente relacionada ao retorno da circulação posteriormente uma paragem cardíaca.
São fenômenos distintos, ainda que ambos tenham manteúdo histórias de “retornos à vida” ao longo da história.
O que a ciência ainda precisa deslindar
Embora algumas hipóteses sejam plausíveis, a síndrome de Lázaro ainda não tem explicação definitiva. A raridade dos casos torna difícil estabelecer padrões claros. Por isso, cada registro documentado é extremamente importante para a ciência.
Pesquisas futuras devem se concentrar em compreender os mecanismos fisiológicos que levam ao retorno natural da circulação, muito porquê em protocolos que minimizem riscos e tragam mais segurança aos profissionais de saúde.
Manadeira: Olhar Do dedo