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sábado, novembro 8, 2025

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Parente do lobisomem? Esse rato ficou famoso por “uivar” para Lua

Alguns animais despertam curiosidade por parecer desafiar as fronteiras entre o real e o lendário. Ao longo da história, o mistério do lobisomem povoou mitos e obras de ficção, com seus uivos e transformações sob a luz da Lua enxurro.

Mas, no mundo originário, há uma indivíduo que também parece se encantar por esse mesmo planeta, e é um pequeno roedor que, de forma surpreendente, ganhou glória por “uivar” para o firmamento noturno.

Trata-se do rato-gafanhoto, um mamífero de figura geral, mas de comportamento totalmente inesperado. Em vez de fugir para o abrigo quando o sol se põe, esse pequeno bicho se torna protagonista de um espetáculo curioso, inclinando a cabeça, esticando o corpo e emitindo sons que lembram o uivo de um lobo.

O fenômeno foi registrado por cientistas e vem intrigando pesquisadores, mormente pela semelhança acústica e comportamental com os predadores caninos.

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Conheça na material a seguir o que é o rato-gafanhoto, por que ele “uiva” para a Lua e o que a ciência já sabe sobre o comportamento, além de quais espécies apresentam esse ritual tão incomum.

Conheça o rato-gafanhoto: um roedor que “uiva” para a Lua

O rato-gafanhoto, sabido cientificamente uma vez que Onychomys torridus, é um pequeno roedor encontrado nas regiões áridas e desérticas da América do Setentrião. Apesar do nome, ele não se alimenta de grãos ou vegetais uma vez que a maioria dos ratos, tendo uma dieta predominantemente carnívora. Ele caça insetos, pequenos répteis e, principalmente, gafanhotos, o que lhe garantiu o sobrenome.

Mas o que realmente labareda atenção nesse bicho é o veste de ele enunciar sons prolongados e agudos que lembram um uivo. Segundo pesquisadores, esse comportamento é usado para marcar território e se transmitir com outros indivíduos da espécie, funcionando uma vez que uma espécie de “grito de domínio”.

O som é tão supino e característico que, em noites de Lua enxurro, foi comparado por observadores ao uivo de lobos, uma semelhança que lhe rendeu o sobrenome de “roedor-lobisomem”.

Um esquina territorial e noturno

O “uivo” do rato-gafanhoto não é somente um som curioso, mas secção de uma estratégia de resguardo. Os machos, principalmente, usam essa vocalização para alongar rivais e provar domínio sobre uma espaço.

Porém, dissemelhante dos lobos, o rato não precisa de uma alcateia, sendo um caçador solitário que prefere agir sozinho em territórios muito demarcados. Portanto, esse som funciona uma vez que uma forma de “aviso” para outros roedores não invadirem o espaço já ocupado.

As gravações feitas em laboratório e no envolvente originário mostram que o som é surpreendentemente poderoso para um bicho tão pequeno, com frequências que ecoam pelo deserto durante a noite.

Aparentemente, o comportamento é mais geral nas noites iluminadas, o que pode ter mantido a teoria de que o rato “uiva para a Lua”, ainda que, para a ciência, o som tenha função territorial e social, e não mística.

O som funciona uma vez que uma forma de “aviso” para outros roedores não invadirem o espaço já ocupado. (Imagem: Liz Weber/Shutterstock)

Uma vez que é o som do uivo do rato-gafanhoto

O som emitido pelo rato-gafanhoto foi analisado com equipamentos de subida sensibilidade e revelou uma estrutura complexa. Ele combina chiados agudos e vibrações graves que, juntos, criam um som muito semelhante a um uivo em miniatura. Para enunciar o som, o roedor se ergue levemente sobre as patas traseiras, estica o corpo e inclina a cabeça para cima, uma vez que se realmente estivesse “cantando” para o firmamento.

Em um vídeo bastante divulgado por cientistas e divulgado pelo portal IFLScience, é provável ver e ouvir o rato-gafanhoto durante seu “uivo lunar”. A gravação mostra de forma impressionante a potência e a duração do som emitido, reforçando a teoria de que o comportamento é único no reino dos roedores e muito vasqueiro até mesmo entre pequenos mamíferos.

Espécies e características gerais

Existem três espécies principais conhecidas de ratos-gafanhotos: Onychomys torridus, Onychomys leucogaster e Onychomys arenicola.

Todas são encontradas em ambientes desérticos e semidesérticos dos Estados Unidos e do México e, ainda que compartilhem hábitos semelhantes, somente algumas populações do O. torridus parecem enunciar os “uivos” noturnos mais intensos. O motivo exato dessa variação ainda está sendo estudado, mas pode estar relacionado à competição territorial ou a fatores ambientais.

Fisicamente, o rato-gafanhoto tem corpo compacto, pelagem espessa de coloração acinzentada e dentes afiados adaptados à caça. Seu metabolismo rápido e comportamento invasivo contrastam com a figura fofa, e sua mordida é poderosa o bastante para bater presas maiores do que ele próprio.

Em muitos aspectos, é um caçador nato, o que explica secção do comportamento vocal que o tornou tão famoso.

Comportamento e hábitos noturnos

O rato-gafanhoto é um bicho noturno, que passa o dia escondido em tocas subterrâneas e sai à noite em procura de maná. Suas caçadas são rápidas e silenciosas, mas, entre uma emboscada e outra, ele pode ser ouvido emitindo sons para avisar que o território está ocupado.

É justamente durante essas interações territoriais que o “uivo” se torna mais evidente, principalmente sob a luz do luar, quando a visibilidade é maior.

Cientistas acreditam que o comportamento pode ter evoluído uma vez que uma forma de notícia de longa intervalo, já que o envolvente acessível do deserto favorece sons que se propagam por grandes áreas. Assim, o uivo serviria não somente para intimidar rivais, mas também para atrair parceiros, tornando o comportamento tanto uma arma quanto um chamado reprodutivo.

Um “mini-lobisomem” do deserto

O sobrenome de “rato-lobisomem” é, simples, mais uma metáfora do que uma relação biológica. O rato-gafanhoto não se transforma nem teme a prata, mas compartilha com o lobisomem um comportamento noturno, territorial e um tipo de “uivo” que ecoa na trevas. Essa coincidência sonora acabou encantando o público e tornando o bicho uma notoriedade entre a espécie.

Apesar da figura inofensiva, esse pequeno roedor é um predador eficiente e uma peça importante no ecossistema do deserto, ajudando a controlar populações de insetos e pequenos animais. E, ao mesmo tempo, continua sendo uma presente de que, mesmo em meio à secura e ao silêncio, a natureza encontra um jeito de surpreender.

A coincidência sonora acabou encantando o público e tornando o bicho uma notoriedade entre a espécie. (Imagem: aambos/BioDiversity4All)


Manancial: Olhar Do dedo

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