A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada neste sábado (22) em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federalista (STF), causou reações no Congresso Vernáculo.
O deputado federalista Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, considerou que a decisão se baseou na premência de prometer a ordem pública.
Segundo ele, mesmo em prisão domiciliar, Bolsonaro seguia atuando politicamente para tensionar o envolvente e pressionar instituições.
“A vigília convocada por Flávio Bolsonaro para esta noite, que transformou o processo criminal em ato político, pesou diretamente na decisão. A mobilização buscava fabricar clima de intimidação ao STF e à PF, reforçando o risco de desestabilização institucional e de interferência no curso do processo, com a realização de aglomeração para impedir a prisão definitiva, inclusive com armas de incêndio, além de indicar provável intenção de fuga, por violação da tornozeleira eletrônica”, escreveu o parlamentar nas redes sociais.
O líder da oposição no Senado, senador Rogério Oceânico (PL-RN), considerou a prisão uma “anomalia”.
“Prender o presidente Jair Bolsonaro, que já cumpria domiciliar há mais de 100 dias, está debilitado e sequer é culpado formalmente é uma anomalia. O delito é impossível. A injustiça, real”, escreveu Oceânico.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) disse que o país vive um momento histórico.
“A decisão foi tomada com base na garantia da ordem pública e determina que ele permaneça estagnado enquanto avançam as investigações. O país vive um momento histórico. Quem atacou a democracia vai remunerar por isso!”.
Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Bolsonaro e atual Senador da República, descreveu a prisão uma vez que uma perseguição.
“O Presidente Jair Bolsonaro não constitui uma prenúncio à ordem pública e sua transferência para a PF mostra claramente que o talante e a perseguição não têm término”.
Prisão
Jair Bolsonaro foi recluso na manhã deste sábado (22). Em nota, a Polícia Federalista informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federalista (STF).
Nesta sexta-feira (21) o senador Flávio Bolsonaro (PL) convocou, pelas redes sociais uma vigília de orações próxima à mansão onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes diz que a reunião poderia provocar tumulto e até mesmo facilitar “eventual tentativa de fuga do réu”. Foi ainda verificada tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.
Moraes também determina que seja realizada, neste domingo (23), audiência de custódia, por videoconferência, na Superintendência Regional da Polícia Federalista no Região Federalista, além da disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao réu.
Manadeira: Dependência Brasil
