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quarta-feira, dezembro 24, 2025

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Projeto Ártemis avalia genética de pacientes que sofreram AVC

Estudo coordenado pelo Hospital Moinhos de Vento (HMV) e financiado pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa de Esteio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), vai procurar julgar a genética dos pacientes que tiveram um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC isquêmico). Esta é uma doença que ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode intercorrer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC isquêmico é o mais generalidade e representa 85% de todos os casos, de convénio com o Ministério da Saúde.

“Hoje, a gente tem um entendimento melhor do quanto esse risco genético pode influenciar a chance de eu ter um AVC. Mas não somente isso, mas outras doenças que podem provocar um AVC, porquê pressão subida, problemas com o colesterol, diabetes”. A informação foi dada nesta quinta-feira (18) à Escritório Brasil pela neurologista do Hospital Moinhos de Vento e investigadora principal do projeto Ártemis-Brasil, Ana Cláudia de Souza.

Projeto Ártemis é estimado pela médica Ana Cláudia de Souza que estuda genética de pacientes que sofreram AVC  Foto: HMV/Divulgação

“Uma vez a gente podendo mapear melhor, analisando o que se labareda hoje de genoma humano, que é esse grande livro de receitas que coordena e comanda porquê o nosso organização funciona, a gente acha que vai ser muito bom para que, no horizonte, possamos desenvolver novos medicamentos, ser mais precisos quando estamos indicando qualquer tratamento para alguém. Porque além de conseguir ver o risco de a pessoa ter um AVC, a gente também consegue ver porquê um organização responde a um tratamento com base no seu perfil genético”, completou.

Segundo Ana Cláudia de Souza, o projeto Ártemis-Brasil vai perfurar a porta da medicina de precisão, principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir desses dados, os pesquisadores pretendem contribuir para modelos de zelo mais personalizados dentro do SUS.

Participantes

Onze centros de referência no atendimento ao AVC, distribuídos por todas as regiões brasileiras, participam do estudo.

“São todos centros de subida dificuldade que atendem pacientes com AVC no SUS. Vai ser uma boa imposto para o nosso SUS”. O estudo já foi iniciado e incluiu o primeiro participante em novembro pretérito. O objetivo, disse a doutora Ana Cláudia, é chegar a milénio participantes até o final de 2026. Serão incluídos 500 pacientes que tiveram AVC isquêmico e 500 pessoas saudáveis que nunca tiveram histórico de AVC. “Para que a gente possa fazer uma conferência entre as alterações que realmente levam à doença, é preciso confrontar pessoas que tiveram AVC com outras que nunca apresentaram a doença”.

O tratamento do AVC, principalmente na tempo aguda, evoluiu muito no Brasil, nos últimos 20 anos, muito em razão do trabalho da Rede Brasil AVC e da Sociedade Brasileira de AVC, que conseguiram trazer para o SUS tratamento que ajuda as pessoas na tempo aguda, para desentupir um vaso cerebral quando um coágulo está entupindo, e leva aos sintomas do AVC e, mais recentemente, outro tratamento feito em alguns centros do SUS que fazem o que se denomina de cateterismo cerebral, que é a trombectomia mecânica, que remove o coágulo.

“É muito parecido com o cateterismo que a gente faz no coração, só que nos vasos do cérebro”, explicou Ana Cláudia. Admitindo que o tratamento precisa muito ainda expandir para áreas de vazio assistencial do país, em peculiar das regiões Setentrião e Nordeste. “Mas a gente evoluiu bastante nos últimos anos,” explicou.

Impacto

O impacto do AVC no Brasil é muito cimo. Dados da Rede Brasil AVC mostram que 85.427 pessoas morreram em decorrência da doença, em 2024. Nos anos anteriores, os registros também foram altos: 81.822 óbitos em 2021, 87.749 em 2022 e 84.931 em 2023. De convénio com o Ministério da Saúde, o AVC segue porquê a principal motivo de morte e incapacidade no país, com 11 óbitos por hora.

“Os últimos dados mostram que ele voltou a ser a primeira motivo de morte no nosso país e é a motivo de maior incapacidade de todas as doenças”, indicou Ana Cláudia. Em seguida um AVC, a pessoa pode permanecer sem falar, sem se movimentar, e isso traz um impacto saliente para as famílias, para o próprio doente e para a pátria, refletindo em dispêndio cimo também no SUS, acrescentou a neurologista.

Daí a influência da prevenção, não só dos principais fatores de risco, que aumentam a chance de a pessoa ter um AVC, porquê pressão subida, diabetes, fumo, maus hábitos de vida, má sustento, mas também estratégias para depois que a pessoa teve um AVC, de modo a prevenir para que não tenha um segundo acidente desse tipo.

“Aí acaba entrando também o projeto Ártemis-Brasil, porque cada tipo é único na sua genética. E a gente, entendendo melhor porquê são essas características, consegue fazer uma prevenção muito mais precisa para essa pessoa. Pode indicar um tratamento específico, um regime de exercícios, sustento, com base nesse perfil,”  disse.

Na avaliação de Ana Cláudia de Souza, vai ser um estudo único porque grande segmento das pesquisas de genômica é feita nos países desenvolvidos, envolvendo populações europeias, norte-americana e até segmento asiática. Não existem muitos estudos mostrando a multiplicidade da população latino-americana e brasileira. Com o Ártemis-Brasil, o país passa a integrar um grupo restringido de nações que investigam, em larga graduação, a relação entre fatores genéticos e doenças cerebrovasculares. Uma vez concluído com sucesso no Brasil, a médica acredita que o estudo poderá ser estendido para a América Latina, por exemplo. “Ele tem potencial grande de, no horizonte, a depender dos resultados, ser expandido para outras regiões que possam se juntar na iniciativa”.

O projeto também integra o Programa Genomas Brasil, que procura ampliar a multiplicidade genômica pátrio, hoje pouco representada em estudos globais. Essa vazio dificulta a construção de políticas e práticas clínicas que dialoguem diretamente com a veras tão diversa da genética da população brasileira. Além da produção científica, a iniciativa prevê a capacitação de equipes do SUS em genética, aconselhamento genético e conceitos de medicina de precisão.
 

 

Natividade: Escritório Brasil

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