A Prefeitura de Lauro de Freitas assinou um contrato de R$ 17,2 milhões com o Consórcio Revias para recapeamento asfáltico, drenagem e sinalização em 11 bairros. A medida é apresentada como “revitalização da malha viária”, mas levanta sérias dúvidas sobre prioridades e transparência na gestão municipal.
Dinheiro público, velhas dúvidas
O documento prevê:
• R$ 16,5 milhões apenas em recapeamento asfáltico;
• R$ 328 mil para drenagem e galerias;
• R$ 528 mil em sinalização.
O contrato ainda poderá ser prorrogado, abrindo margem para valores ainda maiores. E os pagamentos serão feitos por “medições mensais”, um modelo que historicamente abre espaço para aditivos e reajustes milionários.
Onde serão feitas as obras
Os bairros listados são: Itinga, Recreio Ipitanga, Caji, Vida Nova, Caixa D’Água, Parque São Paulo, Capelão, Quingoma, Jambeiro, Areia Branca e Barro Duro.
O problema não é só o valor
Quem vive em Lauro sabe: o asfalto que a Prefeitura coloca não resiste a uma estação de chuvas. Buracos voltam em poucas semanas e a população segue sem resposta.
Se obras recentes já se mostraram frágeis, por que acreditar que agora será diferente?
Enquanto isso, na saúde…
Moradores continuam denunciando falhas graves no atendimento público. Teve até caso de exame feito pelo programa Fila Zero que deu resultado errado e só foi descoberto em outro estado que a paciente já estava com câncer em estágio 4.
E a Prefeitura prefere investir milhões em asfalto duvidoso, enquanto a saúde da população segue à deriva.
A grande questão é: esses R$ 17 milhões vão realmente melhorar a vida da população ou vão desaparecer no mesmo buraco de sempre?
