Rover da NASA coleta amostras em Marte sem garantia de retorno

Siga o Olhar Do dedo no Google Discover

Desde fevereiro de 2021, o rover Perseverance, da NASA, investiga a cratera Jezero, em Marte, região escolhida para o pouso por preservar vestígios de um macróbio delta de rio que existiu no planeta há bilhões de anos. O sítio é considerado um dos mais promissores já explorados na procura por sinais de vida microbiana antiga.

A missão tem porquê foco compreender se Marte já reuniu condições favoráveis à vida, além de reconstruir a história climática e geológica do planeta. Para isso, o rover analisa rochas sedimentares, minerais e compostos químicos que registram processos ocorridos no pretérito distante.

Operando em um envolvente hostil, marcado por poeira abrasiva, radiação intensa e temperaturas extremas, o Perseverance mantém desempenho inabalável. Seus instrumentos científicos seguem funcionando conforme o esperado, mesmo em seguida anos de exposição contínua às condições marcianas.

Perseverance detectou possíveis sinais de vida em Marte

Com dimensões comparáveis às de um sege de passeio, o veículo robótico já percorreu quase 40 km pela superfície da cratera. Ao longo do trajeto, realizou perfurações precisas em diferentes tipos de rocha, ampliando o valor científico do material coletado.

As amostras são armazenadas em tubos de titânio selados hermeticamente, projetados para evitar contaminação terrestre. Esses recipientes foram desenvolvidos para preservar o teor por décadas, garantindo sua integridade até uma eventual estudo na Terreno.

Entre os estudos mais relevantes está a investigação de uma formação rochosa batizada de “Cheyava Falls”, cujos resultados foram apresentados em setembro. Nela, os cientistas identificaram padrões químicos e estruturas microscópicas associados a reações que podem ter ocorrido na presença de microrganismos.

Embora esses sinais não representem uma comprovação direta de vida passada, eles reforçam a hipótese de que Marte já foi habitável. Na mesma região, o rover coletou uma modelo chamada “Safira Canyon”, considerada uma das mais relevantes da missão.

Também nascente ano, o Perseverance identificou uma rocha metálica na superfície marciana, possivelmente um meteorito rico em ferro e níquel, denominado “Phippsaksla”. A invenção contribui para o entendimento dos impactos que moldaram a crosta do planeta ao longo do tempo.

Essas observações sustentam a visão de que Marte foi, no pretérito, mais quente e úmido. Ambientes com chuva líquida persistente são considerados essenciais para processos biológicos, tornando as amostras coletadas de grande interesse científico.

Leia mais:

NASA procura alternativas para restaurar amostras marcianas

Atualmente, o rover mantém 30 tubos com amostras de rochas, solo e até gases da atmosfera marciana. Esse conjunto é frequentemente descrito por pesquisadores porquê um dos acervos científicos mais valiosos já reunidos fora da Terreno.

O principal duelo agora é o retorno desse material. A missão Mars Sample Return (MSR), conduzida pela NASA em parceria com a Sucursal Espacial Europeia (ESA), enfrenta entraves técnicos, logísticos e financeiros.

Originalmente, o projecto previa o envio de múltiplas espaçonaves e um pequeno foguete para decolar de Marte. Com o progresso dos estudos, os custos estimados subiram para muro de 11 bilhões de dólares, valor considerado insustentável pelo Congresso dos EUA.

Além do orçamento proeminente, o cronograma também se deteriorou. A previsão inicial de retorno das amostras no início da dez de 2030 passou a passar risco de se estender até por volta de 2040, o que gerou potente reação da comunidade científica.

Diante desse cenário, a NASA suspendeu o projeto original e passou a buscar alternativas junto à indústria privada. Empresas porquê SpaceX e Blue Origin foram convidadas a apresentar propostas mais simples e econômicas.

Enquanto nenhuma solução definitiva é aprovada, o Perseverance continua cumprindo sua segmento. A decisão final sobre porquê trazer as amostras deve transpor no ano que vem – e só nos resta torcer para que esses fragmentos do pretérito marciano possam, um dia, chegar à Terreno.