O Senado aprovou hoje (17) o projeto de Lei (PL) 3824/2023 que institui a Política Pátrio de Indução à Docência na Instrução Básica – .
Entre outros pontos, o texto prevê a licença de bolsas para estudantes com supino desempenho no Enem que ingressarem em cursos presenciais de licenciatura, esteio financeiro a egressos que atuarem em regiões com falta de professores. A proposta, que segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio lula da Silva, também determina que os estudantes de graduação que aderirem ao programa deverão atuar nas redes públicas de ensino.
Segundo a relatora, senadora Dorinha Seabra (União-TO), o projeto tem por objetivo fomentar o ingresso e a permanência de estudantes em cursos de licenciatura, principalmente para a função docente e promover o ingresso e a retenção de licenciados nas redes públicas da ensino básica, em áreas com carência de profissionais.
“Consideramos que as iniciativas aumentam a atratividade da curso docente e, assim, contribuem para minimizar um problema que já vem se agravando há muitos anos em nosso País: poucos estudantes escolhem as licenciaturas no vestibular e, mesmo quando o fazem e concluem o curso, não seguem a curso docente ou trocam de profissão qualquer tempo depois de experimentarem a sala de lição.”
Caberá ao Ministério da Instrução (MEC disciplinar as regras do programa que será implementado em regime de colaboração, pela União, estados, municípios e pelo Província Federalista.
O MEC também definirá os critérios para a elegibilidade das instituições de ensino superior, que serão distribuídas preferencialmente para as áreas de conhecimento nas quais for comprovada a carência de docentes, por meio de pesquisas e estudos oficiais.
As bolsas terão corno contrapartida o cumprimento de 400 horas de estágio supervisionado e de 320 horas de atividades acadêmicas de extensão. O bolsista deverá permanecer na rede pública de ensino da ensino básica por, pelo menos, dois anos.
As redes de ensino deverão aderir às bolsas a partir de um diagnóstico da carência de professores e contratação de profissionais para treinar a função docente durante o período da bolsa, conforme regulamento a ser elaborado pelo MEC.
Os estados e municípios terão que aderir a Prova Pátrio de Docentes (PND), avaliação anual que visa a estribar as redes de ensino, com o intuito de planejar a força de trabalho docente para “realizar concursos públicos menores e mais frequentes, de forma a prometer previsibilidade na contratação”.
A material diz ainda que a política será monitorada em cada rede de ensino, com a participação de especialistas, fóruns de formação de professores e instituições formadoras, entidades representativas dos docentes e dos estudantes da ensino básica, entidades da sociedade social e gestores das redes de ensino.
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